António Costa ( 70% )
António Seguro ( 30% )
Q.E.D.
Eis o que para mim, valiam simbólica e realmente antes do confronto e a confirmação depois dele.
Do velado ao revelado foi uma etapa que desnecessàriamente, muito por culpa do primeiro, se prolongou demasiado no tempo. Se foi uma manobra política cínica e friamente executada, ou provocada por um real, para mim estranho sobressalto, já que Seguro era por demais conhecido dentro do P.S., a verdade é que a ruptura com essa Direcção do partido era de há muito uma necessidade, para o país, principalmente e para o P.S., por força das circunstâncias.
E pronto, fez - se a clarificação necessária e devida. Se dúvidas houvesse sobre as " águas moles " por onde boiavam a massa anónima e as referências originais do P.S. português, a semi-orfandade induzida por um fraco líder, elas foram dissipadas pela expressiva votação que o afastou.
O animal apagado da oposição só despertou para a defesa de um covil de que se julgava dono inamovível e fê -lo com um argumentário vitimizante e ultrajante para o adversário, no uso e abuso de um ataque oblíquo, por improcedência política, ao carácter do challenger, A. Costa.
A desilusão, não tão inesperada quanto isso, espelhou - se nas hostes da Direita, dos comentadores aos Media em geral que orbitam acéfalamente os corredores do poder, seja ele qual for. Se o seu alinhamento será rápido o mesmo não se poderá dizer da Coligação - Ainda vamos ganhar isso - confidenciava ainda há pouco tempo o nariz inteligente de Portas, o nº 2 da aliança PSD/CDS.
Ontem, se a mobilização encetada pelas primárias tiver consistência, começou, agora sim e consistentemente, a contagem decrescente deste governo.