sábado, abril 02, 2011

25 de ABRIL,SEMPRE!

Eu traduzo:

Esta data é HISTÓRICA, para o País, para a Europa, para o Planeta. O que esteve na sua génese e desenvolvimento está no âmago de qualquer ser humano - a LIBERDADE.
Merece pois ser celebrada, em cada ano, em gratidão aos que a tornaram possível. Um povo sem memória é um povo sem salvação.

Inqualificável e imperdoável a não marcação de uma sessão da Assembleia da República ÙNICAMENTE para celebrar a data.

Parafraseando M.S.Tavares, CARAMBA, merecemos o que nos está a acontecer!

CARAMBA, EU NÃO PODIA ESTAR MAIS DE ACORDO!

Já é um hábito e para mim só me diz uma coisa. Funciono, em muitos comprimentos de onda,com personagens tão díspares que a busca de um intérprete granítico a quem atribuir toda a complexidade do meu SER,tornou - se uma demanda vã e, sinceramente, irrelevante para a minha tranquilidade identitária.

Miguel Sousa Tavares continua, a par de poucos, a funcionar no meu comprimento de onda. A sua última intervenção no Expresso tem um olhar desassombrado sobre a realidade nacional. É de ler e reflectir. É o que se espera de quem exerce a actividade que ele tem, não vacuidades, intriguices, má - lingua rasteira e, principalmente, colunas flexíveis.

É que a irresponsabilidade é total. Em Portugal fala - se muuuuito, lê - se pouco, estuda- se ainda menos e reflecte -se quase nada. As emoções damasinas são o alfa e o ómega do dia - a - dia lusitano, agravadas pelas necessidades ingentes que a sobrevivência impõe.
Que o povo democratizado pelo 25 de Abril fale demais, como uma consequência irreprimível da ausência da mordaça,sem que isso seja um sinal de vitalidade cívica,tudo bem: mas quando essa " diarreia verbal " se estende aos responsáveis políticos, económicos, religiosos e aos magistrados, que " ensalivam ", sempre que lhes apareça pela frente um pé - de - microfone, é no mínimo patético e irresponsável.

Não há quem os cale?

MAU, MARIA!...

...Ou deveria dizer,... MAU,MARINE!

Que o mundo não era a preto e branco e que o Homem é, na sua individualidade, um universo único, irreplicável, confesso - me, abismado, a concordar com a líder da extrema - direita francesa, Marine Le Pen nas suas posições contra algumas organizações supra - nacionais, contra o saque social promovido pelo Mercado, contra a xenofobia imigrante, contra as intervenções de dois pesos e duas medidas e contra a desfaçatez de , baseado em oportunismos políticos, ver o Ocidente sacrificar, no altar das suas conveniências pessoais, a sua geração mais jovem, sob o alibi hipócrita da defesa dos direitos humanos.
Revisitei Brandt, que disse que na nossa vida, para quem a Política ainda diz algo, pelo seu conteúdo e nobres objectivos, passamos da extrema - esquerda, na nossa juventude, para posições cada vez mais conservadoras à medida em que envelhecemos e ASSUSTEI - ME. Para dizer a verdade, com grande complacência.
É que o que me distingue é uma feroz independência de espírito e um sentido ético avesso a " colagens " compensatórias que a minha racionalidade repudia, mesmo quando posta perante a Biologia. E suspirei, FUNDO.

quinta-feira, março 31, 2011

SIM!

ESTE É QUE TEM DE SER O (UM) DISCURSO DE UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA.

CAVACO SILVA fez, num momento particularmente grave para o País, um discurso mobilizador e sem " contrabando ", apelando à responsabilidade dos agentes políticos.

Sinceramente não espero nenhuma modificação nas atitudes dos partidos, sem qualquer excepção. Sendo assim, só posso concluir que as eleições, se não tiverem, pelos seus resultados, uma definição clara do panorama político, levarão o País a uma situação preocupante.

É de acrescentar que as definições financeiras que permitirão " salvar " o país, no quadro da U.E. e do sistema que a gere, continuam as mesmas e eventualmente agravadas por instituições não- democráticas como são os reguladores do Mercado.

Sendo assim, iremos assistir a uma campanha eleitoral surreal, na medida em que as decisões, o planeamento e a acção política já estão traçadas à partida. ESTÚPIDAMENTE traçadas do exterior, reduzindo - nos a palhaços, numa farsa que teima em perpetuar - se ad nauseam.


Na Líbia caiu a máscara da protecção(!!!?) dos civis ( armados, para dizer a verdade... ) numa despudorada hipocrisia, também ela repetidamente usada até ao vómito, desta vez com figurinhas patéticas a acompanhar uma grande desilusão - a do Obama - produto afinal das circunstâncias e não O líder que se esperava.

As " justificações " da POLÍCIA MUNDIAL têm por hábito cuspir na Ética e glorificar os interesses nacionais sob o alibi gasto dos direitos humanos.

Para derrubar o líder líbio, bastava reunir o conselho de Segurança da ONU e assustar a Liga árabe, mais nada... e assumir com clareza o que se pretendia e dispensava - se TODA a palhaçada formal que enfeita as acções de agressão que já se estão a tornar - se um acto COBARDE.

NÃO?
FAÇAM - NO NA CHINA e pode ser que eu comece a acreditar nos pressupostos...
. Até lá...

domingo, março 27, 2011

A HISTÓRIA TEM ESSE HÁBITO, repito...,

... O de " repetir - se ", sempre que as circunstâncias que rodeiam os seus protagonistas - a natureza humana - se assemelham, para lá dos seus enquadramentos geográficos, culturais ou civilizacionais.

Estávamos em 1906 e... foi a Grande Depressão

" Foi o fim de uma época... O longo domínio das classes médias, que começara em 1832, chegou ao seu termo, e, com ele, o do reinado quase igual do liberalismo. Foram ganhas as grandes victórias. Todas as espécies de tiranias foram suprimidas. A autoridade estava quebrada por toda a parte. Os escravos eram livres. A consciência era livre. Mas, a fome, a miséria e o frio eram também livres: e O POVO EXIGIA ALGO MAIS QUE A LIBERDADE ( sublinhado meu )" - Winston Churchill

A Liberdade nunca foi um BEM gratuito e só é alcançável através de lutas hercúleas, no espaço das nações, dos estados e daí aos indivíduos. Uma vez obtida, sucede - se uma " normalidade " que as gerações subsequentes que A herdaram dão como adquirida, em permanência.
Mas Ela tem um preço que ninguém quer pagar - A Liberdade dos outros - e tudo o que a acompanha nas multi-vivências de cada um, com a sua " ética " adequada às suas aspirações e responsabilizações de primata, para lá da sua condição trémulamente adquirida de SAPIENS, portadora de uma Cultura que voluntáriamente criou.

A CRISE que cinde o mundo só nos chama a atenção para um facto - a DECADÊNCIA - das relações humanas que vai do infinitamente grande dos Continentes, Culturas, Estados, Nações e chega às Famílias e ao INDIVÍDUO, cuja expressão máxima e perversa é a hipervalorização narcísica, extravasada para o espaço da Família, para as Nações, para os Estados, para os espaços Culturais e para os Continentes.

O SAPIENS original só se tornou gregário levado pelas circunstâncias que lhe mostraram o caminho da extinção como espécie.
O SAPIENS moderno, cego pelas suas victórias civilizacionais que o mantém ao abrigo temporário e periclitante e não a salvo da Natureza e porventura de si próprio, perpetua a sua ESTUPIDEZ em tautológicas receitas, sem memória e sem RACIONALIDADE, livre já da canga da religiosidade e da História,que, suprema ironia só é segura hoje, na vertigem da massificação mentirosa do SABER, pela sua elite consagrada na CIÊNCIA.

IMPOSSÍVEL qualquer reforma das instituições nesta já tão cristalizada Globalização das diferenças. Seria este o fim da História visionado por Fukuyama?

QUE VENHAM AS REVOLUÇÕES!TODAS ELAS SERÃO BOAS PARA O TERRAMOTO QUE IRÁ SACUDIR ESSA MONSTRUOSIDADE CRIADA PELA BURGUESIA PLANETÁRIA E QUE REDUZIU O SAPIENS À SUA CONDIÇÃO PRIMEIRA - A DE RECOLECTORES.