sexta-feira, fevereiro 20, 2015

PRAGMATISMO?...

... OU IMORALIDADE POLÍTICA?

A exigência de , em Democracia, no julgamento das decisões dos seus administradores políticos  se abster de juízos morais, é uma fraude que precisa de contemplação jurídica e não só política.

Já que a amoralidade é um conceito vazio e hoje, pela voz do presidente da Comissão Europeia, Juncker, num mea culpa aparentemente sincero sobre o erro que objectivamente representou a política de austeridade lançada sobre as mais débeis economias da zona euro com custos que configuraram, na opinião de Juncker, um ataque moral, atingindo a dignidade desses povos, só podemos encarar o " pragmatismo " de que o primeiro - ministro de Portugal se revê como uma imoralidade política.
Mesmo que o desplante com que apresenta resultados ( que a realidade concreta dos cidadãos desmerece... )tente justificar alguma eventual eficácia da hiper- austeridade com que agraciou os mandantes, o que ficou exemplarmente retratado nestes dias do despertar grego foi a absoluta vassalagem representada pelo governo de Portugal, como cobaia de sucesso, pelo ministro de Finanças alemão e pela vasconceliana e retardada reacção às palavras do presidente da Comissão Europeia - PECÁMOS CONTRA A DIGNIDADE DOS POVOS.. - 

- QUE NÃO..., garante o porta - voz do governo, Marques Guedes, ... PORQUE NUNCA A DIGNIDADE DE PORTUGAL NEM DOS PORTUGUESES FOI BELISCADA... até porque nós, servis, fomos para além do que nos foi pedido e quem deveria ser acusado de atacar a dignidade do cidadão teria de ser o governo português e nunca a Alemanha, perdão a Troyka, poderia ter acrescentado, em coerência.

Para mim, a Dignidade sente - se ofendida quando se a tem e eu sinto -me duplamente ofendido por o governo do meu país negar a minha e por representar - me no papel de fiel canino de uma visão europeia que me envergonha.
Mas isso sou eu... que não tenho problemas de fazer juízos éticos ou morais, se preferirem, em Política.

quarta-feira, fevereiro 18, 2015

MINSKY

REAL POLITICK

A NATO, o diplomático braço armado  dos USA que vai aos poucos e ao arrepio das soberanias eleitas dos Estados da Europa, sufocando a RÚSSIA, dando importância e que fazer ao enxame parasitário de generais e burocratas da guerra a mando da toda poderosa indústria de armamento, sofreu, em Minsky, um revés, pautado pelo bom - senso de uma Alemanha pouco saudosa da destruição passada e ciente da existência de uma geo - política que a ultrapassa, de todo.

À estupidez demente que foi alimentar os desejos da Ucrânia e da Lituânia em ter bases da NATO e aderir à UE teve um choque de realidade com a resistência esperada da Rússia à provocação do cerco com a dissidência, em retaliação, das regiões maioritáriamente habitadas por russos e a anexação democrática da Crimeia, vital no mar Negro para os interesses russos.

A Europa, instigada pela NATO, que é como quem diz os USA, meteu - se em sarilhos com o alinhamento acéfalo contra uma mirífica pulsão imperialista da Rússia, criada para alimentar e manter em tensão uma colaboração pacífica da UE com o seu vizinho.
Com Minsky, apesar da resistência visível do presidente ucraniano, entrou alguma racionalidade e tempo de reflexão.
Não acredito que o cessar fogo dure muito tempo. Há interesses investidos e são fortes e ...perigosos


p.s Lamento que este texto, escrito no dia da cimeira, esteja já actualizado pelos contendores.
De qualquer maneira, a realidade do que se expõe está aí.

S.inistro S.chauble

 

Se o facies tem sido um espelho auxiliar de leitura das almas dos sapiens civilizados, este fantástico doppelganger remete - nos ao sombrio e irredutível ministro das Finanças alemão, a mão forte da punição austeritária sobre os estranhos habitantes que pontuam no sul da Europa, nomeadamente os ainda mais estranhos e ortodoxos gregos, cuja Vida não se esgota no labor mecânico e disciplinado de obreiras.

A resistência sobre o NÃO da Grécia sobre o caminho suicida, que apesar das tentativas dos seus burrocratas benzidas pela Nova Ordem alemã e seus colaboracionistas de hoje como ontem, a está a levar e à sua formidável contribuição histórica e civilizacional, coisas de que a Alemanha, mística e medieval, ( esqueçam o aproveitamento tecnológico...) nunca se poderá orgulhar, tem pela frente a indisponibilidade faceada por um político (!!!???) paralítico, onde não mora ponta de imaginação e lucidez projectiva sobre as consequências da expulsão civilizada da Grécia do concerto das nações europeias.

NEIN! - brada o azedo contabilista. As contas não batem certo. O.K., diz a Grécia, vamos pô - las em ordem mas precisamos de TEMPO e, não dispiciendo, da BOA - VONTADE para EMENDAR a vossa receita asinina. Nós NÃO SOMOS PORTUGUESES, e isto não é um elogio, e o mofinamento voluntário não está nos nossos genes, como vocês bem souberam, até pela história recente.
E que tal recomeçarmos, AQUI na sede da Democracia europeia. É que temos um mandato DEMOCRÁTICO exigido pelo nosso povo...

DEBALDE, pelo menos até agora... Se a ideia seja vacinar as democracias europeias contra o PODEMOS, a FRENTE NACIONAL, a UKIP e o PSI, releva de uma palermice política estrondosa, porque acontecerá EXACTAMENTE O CONTRÁRIO.
Por mim, será uma limpeza sobre todo o contrabando com que, essa casta pós- 2000, caracterizada pelo Iglesias, contaminou o edifício europeu.