A palavra aos outros melhores do que nos
" O intelectual.Que tipo.Sera uma especie em vias de extinçao?Ele e o inutil,o complicado,o chato.No imediatismo pratico,no dia-a-dia ofegante,na saturaçao de tudo,na opressao de quanto nos oprime,ele e de uma especie ininteligivel que um pouco se respeita ainda por etiqueta,como usar casaca em certas cerimonias.Sugeria alguem que se suprimisse a filosofia do curso dos liceus.Ha la coisa mais compreensivel?O filosofo,imagine-se.O das minhoquices.Um tipo que trqbalha,que se desunha para compor a sua verdade,que ha-de ser posta de lado pelo filosofo que se segue.Para que um romance que nos chateia com a maçada de "pensar"? Pensar o que, se a vida ja e tao maçadora? nao e mais saudavel mudarmos para a TV? Ou lermos um policial? E os poetas,esses loucos mansos que nao farao mal a ninguem mas nos atrapalham o transito? Assim eles se tramam,que tem de se ler uns aos outros.E um circuito fechado como o dos que aprendem um saber sem prestimo,excepto para o ensinarem a outros que o hao-de ensinar. O intelectual.Que picaro.Ele e um desperdicio a dar baixa no activo da humanidade.
Ha todavia um pequeno pormenor maçador e e que a propria humanidade sofre com isso tambem uma baixa por tabela.E esquisito mas e assim.Porque se nao fossem esses chatos,a historia dos humanos era apenas a da pocilga com apenas talvez uma variedade de feitio."
VIRGILIO FERREIRA
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