NEM DE PROPÓSITO...
Mário Cláudio citando Augusto de Castro, como grande observador do carácter dos portugueses, que diz coisas que o nosso dia- a-dia profissional a percorrer o País de lés - a - lés em contacto com os seus habitantes, na leitura atenta do que se faz e diz, no conhecimento de trinta anos dos actores e autores da nosso praça, passe a imodéstia, me dá alguma credibilidade para sublinhar por baixo o dejá - vu.
" O pensamento entre nós, em regra tem bílis, daí o nosso pouco jeito para a sociabilidade, o abuso dos sentimentos depressivos, um mau humor latente que vai desde a rua ao livro " - " Portugal sofre de falta de simpatia colectiva. Elogiamo-nos ou atacamo-nos. Raramente nos conhecemos. " - diz A. Castro
É claro que o conhecimento do OUTRO não implica a desculpabilização nem a compreensão a cumplicidade. Nada nos diz que o conhecermo - nos obriga a um melhor relacionamento e se aquilo que conhecermos não nos agrada isso leva-nos a estar de sobreaviso. Daì a tocaia que mina a abertura que dá confiança e cria a má- fé quase permanente no relacionamento interpessoal e colectivo.
Não reconhecemos qualidade nos outros porque não as possuímos, não as conhecemos. A empatia torna-se impossível e a simpatia é quase sempre interesseira, quer retorno, compensação psicológica.
Pois é: o mundo não é perfeito e a espiritualidade, perdendo para a materialidade conduz-nos a uma conclusão óbvia - o triunfo do natural sobre o cultural, do instinto de sobrevivência sobre a satisfação do que já devia, no século XXI estar adquirido - as necessidades básicas de qualquer espécie
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