Da natureza humana...
A aquisição de conhecimento sempre foi um processo doloroso pelo trabalho intelectual que ela exige. A alegria que lhe devia estar associada tem-se tornado, nos dias que correm numa angústia irrepremível devido ao desconhecimento do destino e utilização a dar-lhe.
A responsabilidade social da tomada de consciência que deriva do saber, associada a um sentimento de impotência, " malgré " a denúncia, está a criar um mundo esquizofrénico quando não cínico na aceitação do relativismo exacerbado do real.
Ao " O MUNDO É ASSIM " conformista e abúlico, os intelectuais estrebucham na sua inacção vegetativa.
Que saudades dos surrealistas!!!
Dentro desta deriva e vazio existencial com a inércia a funcionar de locomotiva não admira o quase fascínio pelas guerras que por aí se travam em nome da IDEOLOGIA, entretanto morta no Ocidente. Religiosas até ver, mas portadoras de uma convicção que não deixa espaço à relativização de conceitos e valores. É essa força ideológica nos outros que nos confunde, atordoa e sobreleva uma espiritualidade perdida que não foi preenchida por NADA.
Entretanto, só a proximidade da Morte, olhos nos olhos. ainda consegue libertar-nos por breves instantes do estupor. Nada demais para os que com um clic apagam a angústia e para aqueles conformistas da inevitabilidade. Para aqueles cuja carregada culpa existencial se resolve no gozo que a sua estupidez lhe permite da visão da desgraça alheia a solução dos problemas está na alarvidade.
É evidente que hoje estou em dia-NÃO.
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