MADELEINE - caça à besta
A " normalidade " de um cidadão socializado passa pela sua incapacidade de " perceber" e de se sentir incrédulo, envergonhado pelos actos praticados pela sua espécie.
Ninguém a não ser um pedófilo entenderia outro pedófilo. Ninguém a não ser um tratante entenderia outro do mesmo jaez. Ninguém a não ser um assassino entenderia outro...
Podemos, quando muito descortinar - lhes os comportamentos que a nossa sublimação e repressão civilizacionais enterraram bem lá no fundo do nosso passado animal., não as motivações e o valor da recompensa.
Por vezes penso que a minha quase permanente indignação sugeriria que em mim já quase não resta nada de humano, de empatia com a espécie e que me encontro num processo de alienação onde as motivações que fazem " correr " o mundo normalizado em reconhecimentos mútuos que encurtam as distâncias entre os seres, ser-me-iam completamente alheias.
No fim de contas, tudo se resume a isto: - a minha fisiológica incapacidade de " SUPORTAR o fedor que o Mal transporta.
Parto do princípio errado que Ele é reconhecível por todos, que a nossa inteligência nos deve levar ao seu reconhecimento e ao seu combate, o que me leva, por outro lado a uma compaixão infinita pelos outros, os que se ancoram na Fé, na Ignorância, na Cobardia, para não o enfrentarem em todas as suas formas e representações, incluindo em nós -mesmos.
Abaixo a bestialidade!
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