MAIS UM POUCO DE SOCIOLOGIA BARATA ou...
Porque não gostam de nós!!!?
A nação cigana, assim como a judaica, a árabe ou a africana na diáspora têm, instintivamente, do conhecimento derivado da prática do seu relacionamento com os autóctones, a noção do paternalismo que a sua condição de imigrante cria na maioria habitante, pela " medição " dos afectos e empatia que produzem pela sua aproximação ( integração ) ou afastamento ( reserva ) dessa maioria.
Em algumas situações, são essa minoria a alimentar esse distanciamento devido à manutenção expressa da sua identidade cultural, protegendo-a das contaminações indesejáveis de costumes liberais que entram em choque com as suas tradições.
A haver respeito mútuo sem a imposição abusiva dos costumes do país hospedeiro, essa dissonância sentida subliminar e efectivamente pelos imigrantes gregários ou nómadas, esse racismo, social principalmente, que atinge tudo e todos na manutenção de identidades, nunca aconteceria.
Confinados a um espaço onde a prática de actividades universais despidos de conotações culturais e identitários que propiciariam o convívio respeitoso e o conhecimento mútuo, a tendência será sempre o isolamento e territorialidade a par do reforço da diferença a um ponto tal que a tensão provocada cria espaços para a marginalidade cobiçosa dos bens que a urbe distante oferece e hostil às outras minorias ocupantes do mesmo espaço e quiçá portadoras do mesmo objectivo.
Essa marginalidade sem identidade ( e é assim que ela deve ser tratada ) só poderá ter uma resposta -a policial. A sociedade deverá, em democracia, ter a mesma resposta para os fora da lei.
A inversão paternalista para a criação de " complexos de culpa " em relação ao desvio social de respeito devido a todo e qualquer cidadão, é simplesmente patético e perigoso, até porque esses marginais SÃO UMA MINORIA AMEAÇADORA dentro dessas minorias e dentro da maioria que somos todos.
É claro que existe uma responsabilidade do ESTADO para todos os que do seu apoio real necessitem, porque da compaixão burguesa, cínica, mal cheirosa e grosseira até os sem abrigos fogem, na manutenção do único bem não contaminado que possuem - a sua liberdade.
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