A Liberdade , de facto natural perdida pela socialização, tornou - se numa aspiração do Homem socializado.
Entre os homens socializados, a viver em qualquer regime, nomeadamente e principalmente o democrático, a sua dimensão de ASPIRAÇÃO é superior à dos primitivos onde impera na sua vertente mais autêntica e inquestionável.
Em Democracia a Liberdade foi - nos imposta para que fizesse sentido a LEI, a NORMA pela qual fosse possível controlá - La e aos direitos niveladores que a Democracia persegue, donde resulta que a Igualdade perante a Lei seja o único princípio democrático viável, cuja força jurídica por instantâneo reconhecimento se aproxima de uma ética de cidadania; daí a tremenda importância da JUSTIÇA no regime.
O resto, o tremendo resto, tem estado em construcção à medida em que o HOMEM se vai construindo em Racionalidade e redundantemente em espiritualidade.
Podemos aspirar a TUDO - a Liberdade permite - o mas não podemos ter TUDO - a nossa incapacidade pessoal não o permite enquanto DIREITO.
A confusão entre o ideal jurídico e o estado psicológico como diria Gasset, está na base da movimentação das nossas aspirações para o domínio do direito, do privilégio, com a curiosidade e agravante do seu funcionamento num registo individual e narcísico pese embora o enquadramento corporativista interesseiro e cínico a pontuar numericamente ( como convém em democracia ) como chantagem social.
Aumentar esse espaço de intervenção só será possível com a minimização da POLITICA e dos seus actores com a criação de um universo de repúdio e maledicência onde até os políticos em Oposição vão buscar argumentos de auto - flagelação empáticos e oportunistas.
Assim vai o mundo português.
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