sexta-feira, setembro 23, 2011
O bailinho da Madeira...
Afinal o que é que está em discussão com a Madeira, melhor com o seu Presidente do Governo? O deficit orçamental? O contrabando nas contas? Fundos não orçamentados? Desvios financeiros ilegítimos? Corrupção política? Enriquecimento ilícito à custa do erário público?
Parece - me que tudo isso está a ser equacionado nas opiniões de TODA A GENTE cá e lá. Também sei que por cá nada disso é novo e vai continuar a acontecer.
O que é que os Governos da República e os seus tribunais têm feito em relação a isso? Aparentemente NADA, já que se o enquadramento dessas " ilegitimidades " pressupõe prática criminal, alguém ou muita gente estaria na prisão. Aparentemente têm escondido as malfeitorias através de uma nebulosa de cumplicidades e tráfico de influências classistas que conduz tudo ao caixote de lixo das minudências não comprovadas e reencaminha os suspeitos para outros cargos de relevo, a salvo da justiça popular e mediática.
Se alguém pouco apoiado nessa rede traficante vai parar ao Tribunal, é caso sabido que ou fica tudo em águas de bacalhau ou tem pena suspensa se entretanto o processo não expirar por ditâmes de prazos legais sucessivamente torpedeados por dilacções processuais.
Ora bolas, se a " jardinada " que floresceu na Madeira releva de ilegalidades criminais só há uma coisa a fazer - INVESTIGAR política e judicialmente o que aconteceu e tirar as consequências políticas e judiciais que daí devam ser tiradas.
As consequências políticas caberão aos madeirenses tirar, se, o que duvido, não houver entretanto uma intervenção do Presidente da República; as consequências judiciais caberão à Procuradoria Geral da República que já abriu uma investigação à denúncia de irregularidades. Se e quando se aduzirem PROVAS criminais o caso deverá ser remetido aos tribunais e não antes, ( a ver o que dá, sacudindo a água do capote...) para ser julgado.
É claro que o julgamento público e mediático já começou mas ele não deverá ser confundido, como várias vezes tem acontecido com alguma regularidade últimamente, com o PÚBLICO que só se pode fazer nos tribunais.
Em Democracia é ASSIM que DEVE ser, ou não?
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