Não basta vê - la como um Bem, a venerar em displicência, como uma utopia que a natureza humana desmente nestes tempos tão pouco éticos onde a Decadência moral campeia; ela é possível tanto como é possível até onde for possível e é nestas margens de possibilidades dadas pela nossa capacidade de A exigir, forçando as coisas no sentido de contrariar a atomização acelerada dos valores que sustentaram e sustentam em dignidade humana as sociedades, hoje em vertiginosa decomposições culturais.
Num envelhecido, temeroso e conservador Ocidente, instalado em décadas de acumulação material de riqueza, a morte da IDEIA tem - se revelado na tibieza das lideranças, presas a compromissos de casta e a tautológicas redundâncias nas soluções (!!!???) sistemàticamente falhadas que estão a levar à ruína de tudo o que tão duramente foi conquistado pelo esforço de gerações passadas, traídas na sua generosidade por uma classe de contabilistas e burocratas de corrupta e amoral racionalização.
Esse desaparecimento da Moral e da Justiça nos Concílios Ocidentais tem de ser enfrentado e denunciado com vigor e, se preciso for..., com violência, com a mesma violência com que esse poder vai usar para manter o statu quo.
Enquanto a Democracia se mantiver nas estritas margens do formalismo ( por inconsequência ) eleitoral e da liberdade de expressão arrebanhada e enquadrada pelos Media do Sistema, todas as chamadas reformas ( o Velho só reforma, não tem capacidade nem pulsão para revolucionar, MUDAR o que quer que seja... ) reconduzirão, já domesticadas, todas as forças vivas do presente, representadas pelos jovens, ao passado que originou ESTE presente.
As manifestações de ontem alegraram - me como há muito não me acontecia. Espero mais e espero que as cataratas do Poder ainda consigam descortinar o mundo real para lá da avalanche dos Power Points, das resmas das folhas de cálculo e da ementa da próxima reunião... inconsequente... e OUÇAM junto dos filhos e dos filhos dos outros a sua visão do mundo que estão, em demolição, a construir.
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