Ninguém acreditava que esse dia chegaria da forma como chegou - em rotura decisiva com o repugnante status num desmantelamento assertivo das consciências tão longamente formatadas por uma autoridade e um Poder bisonho, miserabilista, provinciano e tacanho que durante tanto tempo assumiu a representatividade de um povo, em nome de uma menorização insultuosa das suas capacidades.
Acreditava - se em reformas, que de uma racionalidade atribuída e aceite ao delfim sucessor, se esperavam os desenlaces libertadores. Pura ingenuidade, que a escola era a mesma e o poder nunca é pertença única do chefe.
Vivi, minuto a minuto, desde a madrugada dessa revolução que podia ter sido, não fosse a complacência cobarde de mentalidades provincianas do BASTA, NÃO QUERO MAIS a meterem-na num redil controlado de carneiros mansos e ruminantes, até hoje, sob o rótulo de Democracia Ocidental.
Em letras de fogo ficaram gravadas no meu peito e na minha memória esse querer de uma nação, liberta, nos dias que se seguiram, das falsas consciências que um querer medíocre lhe incutiu durante décadas.
Hoje, quando os novos representantes desse poder apeado regressam, aprendida a lição, mas sempre com o tom melífluo e apaziguante a adornar - lhes o discurso, lembro - me dessa pulsão libertadora de então.
VIVA O 25 DE ABRIL!
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