segunda-feira, junho 11, 2012

D' o SÍNDROMA DE EGAS MONIZ...

A  " CULPA " e o resgate da honra que levaram Moniz a pôr a sua cabeça e as da restante família no cepo ilustra a diferença ética entre o mestre e o seu suserano Afonso Henriques, jovem príncipe, para quem a vassalagem seria o limite intransponível de obediência.


" ...Só os moralistas podem desmoralizar - se... ", constata em melancolia perplexa a exaustão iluminista contemplada por Sloterdijk in Crítica da Razão Cínica, perante o espírito do tempo, a que nenhum esclarecimento sobra ao entendimento, se não racional, do definitivamente empírico que assola o mundo hoje.
Porquê o marasmo e o conformismo perante uma narrativa que o Poder escreve e reescreve numa obsessão quase demente a que os efeitos contraditórios, ciclos após ciclos reiteram o erro desmascarando as causas, fundamentando e justificando outras abordagens que permitam um salto civilizacional que tarda?


Portugal, na ausência do seu, pelo poder actual, industriado bode expiatório, Sócrates, pôs a cabeça no cepo, em nome de uma cínica manipulação que lhe incutiu malévolamente uma responsabilização ética perante a dívida soberana de que o Poder, ele próprio e os seus salteadores, foram os principais causadores e aproveitadores. Toda a gente os conhece pelos nomes, não fugiram e o seu desplante e impunidade perante a massa amorfa e uma corrupta, porque cínica, e inepta máquina judicial, ainda, de cara descoberta, exibem ufanos a sua degradação moral, certos de que com a penalização política, democrática, claro, podem bem eles; será uma pequena pausa até ao inevitável regresso... A Democracia que eles criaram, à sua medida, se encarregará disso. Se não estiverem em pessoa a ocupar a cadeira estarão os amigos, o que vai dar ao mesmo.


" Podem reclamar à vontade, mas obedecei! " - Bismarck, disse o Burocrata -Mor nº 1. Hoje olharia com soberano enlevo a obra de uma discípula que, em vez de botas, usa o Euro como arma de controlo e domínio.

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