As greves são manifestações sectoriais de desagrado, as greves gerais são manifestações colectivas de repúdio.
Em relação às primeiras o olhar colectivo vai do exterior, da curiosidade, do apoio à indiferença; quanto às segundas, o olhar é de dentro e a percepção da sua eficácia mede - se pela abrangência dos sectores sociais aderentes ao repúdio da totalidade do mando, no caso o governo. De areia metida na engrenagem mistificadora ao despertar de consciências também se infere da sua utilidade e eficácia junto de regimes que se refinaram na sofisticação da exploração dos povos em seu benefício e que se calejaram no repasto das pacíficas e ordeiras manifestações públicas.
As palavras do sr. presidente da República raiaram o insulto e a insídia paternalista, aceitando o direito constitucional da greve nas palavras enquanto a sua linguagem gestual as desmentia. Bastou a sua frase - EU TRABALHEI - para reduzir os apoiantes da greve geral a um bando de madraços. Exagero? Talvez não, levando em conta o discurso do poder actual, do qual ele é um lídimo representante e apoiante.
Quanto ao primeiro ministro, as suas palavras sobre os novos números do desemprego são no mínimo brutais pela sua insensibilidade social que não consegue ver ROSTOS em cada dígito que engrossa a lista e que ainda espera mais dispensas estimuladoras para o ano. Aí, quando batermos no fundo, os números de desempregados começarão, acha ele, a descer.
Glosando C.F.Alves - ESTAMOS ENTREGUES À BICHARADA!
EU APOIEI A GREVE GERAL!|
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