A batota democrática tem assumido contornos muito preocupantes, não só nos países que consagraram essa superior forma de civilidade e de governo que deveria ser a DEMOCRACIA como naqueles para onde ela tem sido exportada e exigida aos seus povos.
O povo egípcio está a pagar hoje o despautério militar- fascista, com o apoio, meu Deus! de todo o Ocidente, que lhe recusou os dirigentes que, livre e democráticamente escolheu para o governar.
Que diriam os americanos pró-Obama, se na sequência da sua eleição um golpe de estado se formulasse nos USA em recusa de serem governados por um negro?
A pergunta que se impõe hoje aqui em Portugal, por exemplo, e no resto do mundo democratizado é singela e não menos profunda e séria - Quais são os limites que a Democracia se impôs a si própria?, se até para eleger um autarca a burocracia do estado de Direito não foi capaz de TRANSPARÊNCIA e rigor? E quem os impõe? As populações ou as burocracias sazonalmente eleitas?
O Estado de Direito tem - se revelado uma trampa, e de uma fase de construção democrática como fundamentação da LEI tornou - se, apoderado pela burocracia acéfala, acarinhada pelos partidos do chamado arco do Poder, o fim da história democrática com a Política reduzida ao formalismo das eleições e mesmo essas esvaziadas no seu sentido profundo por promessas e compromissos desprezados assim que se ocupe o Poder.
A LEI protege o seu funcionamento, a sua sede e os seus instalados mais os mamões, não os cidadãos, onde como salta à vista nas tropelias (que é para não xingar o Estado que não tem culpa nenhuma, chamando-lhes outros nomes mais enfáticos ), que se assiste actualmente nas democracias modernas.
A ideia com que fico é que a própria Democracia está sob resgate e a reacção tarda onde, aparentemente deveria existir uma população mais esclarecida e atenta.
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