...E já " ameaça " com uma flatulência arrogante a própria C.P.L.P.
O " ADEUS À LUSOFONIA " com que o Jornal de Angola despudorada e ingénuamente entrevê como consequência do não - arquivamento das investigações do Ministério Público português a dirigentes de cúpula da Administração angolana foi mais um passo na escalada proclamatória da ex - colónia lusa em freudiana libertação ( ainda!!!? ) de Portugal. Um mero ajuste de contas que o novo - riquismo da nouvel plutocracia no poder cavalga em sintonia com memórias humilhantes da pretérita escravidão.
Já o acordar da Procuradoria angolana para os eventuais crimes de lavagem de dinheiro e outros cometidos por portugueses em terras angolanas, em represália ou não, é de aplaudir, aliás na linha das promessas feitas pelo Procurador Geral angolano numa visita recente a Cabo Verde. A guerra contra a corrupção, no que ela tem de mais odiosa e se configura no assalto a bens nacionais, não tem pátria nem dono e é sempre de agradecer pelo cidadão, por mais hipócritas e retaliatórias que a sua suposta face justiceira se apresentar.
Por cá, as queixas sobre o mau funcionamento da Justiça portuguesa cuja burocracia paralisante e ambiguidade jurídica tem alimentado a venalidade que perpassa nos grandes processos judiciais que marcaram e, hélas, ainda marcam o nosso quotidiano, sempre vão dando razão às queixas dos investigados sobre a morosidade dos procedimentos e o prolongado banho gelado a que estão sujeitos miserávelmente, com danos graves aos interesses dos inocentes e... dos culpados.
A existência de fontes dentro da burocracia judicial, que, a troco de pagamento ou de indignados, em nome da transparência anti - arquivamentos, tanto pode ser considerado, éticamente, como um mal ou como um bem, dependendo sempre do ponto de vista de quem sai prejudicado ou beneficiado, culpado ou inocente.
A transparência na investigação policial tem tanto de impossibilidade prática e processual como deveria ter de democraticidade e isenção.
Os superiores interesses de Estados ( o PRISM, GUANTANAMO e os DRONES existem em seu nome no estado mais democrático do mundo ) não deveriam nunca ser conciliados com a imoralidade que representa o não - cumprimento das LEIS. Em princípio e como aviso a todo o cidadão, existem as prisões.
Os interesses de Angola não coincidirão exactamente com os interesses dos angolanos investigados pela justiça portuguesa, assim como os interesses de Portugal com os eventuais e futuros investigados portugueses pela justiça angolana.
Confundir ANGOLA, a LUSOFONIA, o CPLP, PORTUGAL, com os actuais intérpretes temporais é, pura e simplesmente, ESTUPIDEZ.
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