terça-feira, outubro 01, 2013

AUTÁRQUICAS

UMA LEITURA NACIONAL

Só por manifesta dissimulação política seria possível o alheamento ou a desvalorização dos resultados destas eleições; mesmo assim houve quem o tivesse tentado e quem tivesse, como o nosso inefável Presidente da República o fez, " preventivamente "... Não haveria consequências na governação por mais devastadoras que fossem as penalizações previstas... EXTRAORDINÁRIO!
Cavaco Silva tem sido, de facto, um dos mentores e apoiantes dessa austeridade tacanha e empobrecedora.

Mais avisado e surpreendentemente lúcido esteve o Primeiro - Ministro, Passos que, consciente do que o esperava, enfatizou a inultrapassável leitura nacional, através do voto autárquico, da governação.
O calendário político, com a troyka vigilante e autista por sobre os acontecimentos nacionais limitam - lhe o verbo e as previsíveis e políticamente naturais medidas de mudança de agulha no que se tem provado ser uma iniquidade ( sim, a Moral, a sua ausência, tem tudo a ver com isso... ).

O líder do P.S, apesar da sua leitura conventual da situação e da sua já intragável compaixão, limitou - se a apanhar as castanhas que a Coligação, custe o que custar, tem atirado ao cesto de esmolas de A.Seguro.
Aconselho a Direcção do P.S. a analisar com muita atenção o que aconteceu no Porto. Foi exemplar a manifestação da autonomia democrática dos portuenses ao repelir Menezes e a sua visão provinciana e paroquial da cidade por sobre os arrotos regionalistas e nomeadamente dos lisboetas, que repeliram um candidato paraquedista, que vota na casa do diabo mais velho e cuja posição política ninguém conhece; sabe - se que é um Burocrata militante do PSD e pouco mais.

Lamentável o que aconteceu com o Bloco que se esqueceu que a sua base de apoio nunca gostou de ver a sua Direcção a coligar - se com a Direita para deitar abaixo um líder socialista que a Direita odiava. Pagou caro e... duvido que nas legislativas se recupere, porque, então, o voto útil vai funcionar pelo PS por parte de grande maioria dos seus simpatizantes. 

E eis - nos chegados ao vencedor incontestado dessas eleições. Houve eficácia na mensagem e conhecimento sensível das frustrações dos seus apoiantes e resposta leal da sua base de apoio.
O PCP é um partido charneira da Democracia portuguesa. A sua consistência política e os seus propósitos são transparentes e a população portuguesa está - se borrifando e desconhece Lenin, Estalin, Goulag; sabe que o Partido defende SEMPRE, por sobre quaisquer circunstâncias históricas, o seu interesse. É TUDO e é bom.

Veremos os próximos desenvolvimentos da inevitável, é uma questão de sobrevivência, pressão governamental sobre os Burocratas da UE.

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