quinta-feira, julho 24, 2014

SOLTAS...

U.E.

Juncker distancia - se da Comissão Barroso e faz bem. A sua declaração e intenções proclamadas em relação ao perfil que deseja à sua Comissão - uma Comissão política e não bur(r)ocrática como foi a última é um bom sinal a que se ajusta a sua posição sobre o referendo independentista da Escócia e veremos se se manterá a coerência no referendo catalão.

CPLP

Se dúvidas houvesse elas foram dissipadas na última reunião em Dili. O constrangimento luso foi notório pelo tratamento democrático dado aos participantes ( não poderia ser de outro modo..., pois não? ) e pela quebra protocolar a antecipar como facto consumado a entrada de Obiang já não como observador mas como membro de pleno direito, antecipando veleidades hipócritas, para o exterior, sobre o que realmente está em causa.

Está tudo explicado. Ao desejo sincero, quero acreditar, de que com a entrada na CPLP a Guiné Equatorial se vai aproximar dos valores declarados que enformam a Comunidade, acresce - se um dado essencial e definitivo não dispiciendo no panorama mundial - Nos próximos 20 anos, os países da CPLP prooduzirão entre 25 a 27% do petróleo mundial - diz - nos o Expresso.

Que isso se venha a traduzir na erradicação da miséria nos países formadores da Comunidade é- me um piedoso e veemente desejo; é o que me resta do meu voto vencido.

P.S.

Detesto meias - tintas, detesto a opacidade democrática tanto como a mediocridade dirigente assistida e acarinhada no seu seio. Como cidadão e não indivíduo governado desejo excelência a justificar a minha demissão libertária em prol da Democracia.

Nada me choca, a não ser a hipocrisia partidária, na definição que o P.S. hoje procura. Se nesse desafio sobrevierem roturas, pois bem, venham elas. Serão uma filtragem necessária e benigna para o partido.

A minha opinião sobre a essência do que deveria estar verdadeiramente em equação tem menos a ver com a liderança do que a transparência programática das posições a verter futuramente. Desconheço - lhes os contornos quanto mais a definição.

E depois? O problema só será meu se o PS conseguir ganhar rotundamente as eleições.Até lá, deixo, pois, a decisão aos militantes e... simpatizantes.


BLOCO DE ESQUERDA

Lamentável mas previsível a degradação, melhor,  a desagregação do Bloco pós-Sócrates. Qualquer análise séria sobre os desenvolvimentos, envolvimentos, involuções, evoluções dentro do Bloco estão, desde a saída do ex-Primeiro Ministro, provocada pela estúpida e irreal coligação a que o Bloco pertenceu, íntimamente ligada a esse episódio que trouxe a troyka e a dupla Passos/Portas  ao poder.
Para mim foi imperdoável a fraqueza da análise política que levou a ESTA situação actual e pelas dissidências a que tenho estado a assistir penosamente, confesso, muita gente militante e simpatizante do Bloco pensa o mesmo.

Das contradições internas dadas à costa, não creio que estejam na dicotomia, intensa e elitísticamente individualizada, por Daniel de Oliveira no seu bate-boca com o ex - líder Louçã, numa ocupação de espaço que permitiria, no governo, exponenciar a programática bloquista  com acção, deixando a essência e em essência a resistência ao PCP, o partido anti - poder.
A hierarquização das prioridades, base de qualquer negociação séria, exige que o Bloco cresça eleitoralmente e não se vá definhando em dissidência vaidosa e egocêntrica numa feira de vaidades e de individualidades até à inconsequência.
A questão que parece não apoquentar a massa bloquista, institucional e dissidente, é que o P.S. não precisa do Bloco para nada, a não ser como flor de credibilidade anti - liberal na lapela.
Pensou - se nisso?
A ilusão contida no pressuposto de que a nova dissidência ( a de Ana Drago e, por suposto, da Manifesto ) consiga plasmar uma ideia de agregação com a LIVRE e... que force, eleitoralmente, claro, o P.S. a coligar - se com os anti - Tratado Orçamental e a favor da renegociação da dívida, é toda ela um programa que o partido-mãe defende.
Compromissos e cedências? Em quê?
Num país, suposta e talvez mítica, aleatória e estatísticamente de Esquerda, onde nunca foi possível realizar uma Convenção de Esquerda, nem em Oposição nem com maiorias absolutas do P.S., o meu cepticismo foi buscar o seu fundamento.

ILUMINEM - ME!