AI ANGOLA!
Assim, não dá! Muito grato deveria estar o regime por ter, em sobressaltos reflexivos sobre a Democracia que lhes foi prometida, os jovens que, num processo, no mínimo, surrealista, em democracia, acaba de mandar para a prisão.
Só as ditaduras assim procedem perante a opinião crítica dos seus cidadãos.
Passo a lidar, assim, com uma Ditadura, que no seu processo de consolidação como nação me manteve expectante e esperançado na criação de uma burguesia que, formada, iria exigir mais liberdade aos seus líderes. Era, históricamente, um dado adquirido.
A esperança de não ver Angola seguir os passos de corruptas democracias africanas que nos envergonham tinha a ver com a convicção íntima de que José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola era um líder moderno e civilizado.
Enganei - me, redondamente, Todo o prestígio interno de que gozava se foi. Resta a ameaça exemplada pela condenação de quem não se contentou com o estado do país a manter, agora por muito menos tempo, em sossêgo os cidadãos, cujas exigências democráticas sobre a governação se irão fatalmente acelerar.
Para já, o regime indicou - lhes os futuros novos líderes do país...
CONGRESSO DO PSD
O narcisismo pedante e presumido, reeleito líder de um " lindo partido " com uma votação à Coreia do Norte, reafirma, no Congresso da entronização, o pensamento que Cavaco Silva disponibilizou aos seus próximos, embevecidos, e à estupefacção geral - Nunca me engano e raras vezes tenho dúvidas - , pelo que a governação que tornou Portugal num protectorado do PPE e um dos mais débeis países da Europa, com uma geração perdida para o progresso do país que não para os que a recebem de braços abertos, foi, na cegueira conformista e servil do líder do PSD e ex - chefe do Governo, uma bênção que ficou a meio.
Um bouquet de narcisos a que outros desavindos não quiseram emprestar o fulgor unanimista e o tom da discórdia.
Foi pena!
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