ZUGZWANG
Citando Lenin, relembrado pelo Courrier no âmbito das comemorações do centenário da revolução bolchevique russa - " Nada se sobrepõe à controvérsia quando se trata de desenvolver pontos de vista " - a Política, vista à luz da sua programação instrumental, não estaria melhor definida.
Acontece que a controvérsia, que a projecção de qualquer ponto de vista sobre a realidade, por mais banal, inocente ou definitivo que possa ser, pode e deve ser equacionada e desmontada nos seus argumentos interpretativos à luz da eficácia ( leia - se resultados positivos ) de qualquer natureza que o contraditório possa contemplar em impassante paralisia.Tal é a situação, hoje, perante a Coreia do Norte.
A condenação global que ecoa face às continuadas provocações da sua liderança, onde pontua Kim Jung - un, associada a um desarmante zugzwang onde, suspensos, de um lado a China e o seu aliado e do outro a Rússia, os USA e a Europa, não prefigura nada de bom para o futuro.
As consequências, monstruosas, que a inacção e paradoxalmente a acção, possam daí advir, não só para a Ásia como para o Ocidente, clama pela acção diplomática com o dedo no gatilho.
A escalada, em caso de conflito armado seria inevitável e as suas consequências, apocalípticas.
Nenhuma solução, face à irracionalidade e megalomania delirante patentes do interlocutor, parece racionalizável perante uma liderança suicida a que só uma aniquilação piedosa parece ser a saída. O problema, dantesco, reside nos custos civilizacionais da barbárie a despoletar.
Uma fera acossada e sitiada tem sempre, como saída, a fuga para a frente.
Só a China terá a solução para isto e será o interlocutor com quem a diplomacia terá de forçar a capitulação do aliado. Pézinhos de lã e firmeza q.b.
Trump, se não for controlado pelo bom senso do seu povo, teria de ser afastado já que seria uma parte do problema e não a sua solução.
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