segunda-feira, setembro 09, 2019

POIS É... uma chatice pegada

UMA CAMPANHA ELEITORAL SEM ESTALADAS?
ONDE É QUE JÁ SE VIU?

A moderação que tem pautada esta campanha eleitoral em Portugal surpreende e  enfada(?) o ex - Director do Expresso, Pedro S.Guerreiro, que constata, constrito, que se apresenta como valor eleitoral no enfrentamento das propostas dos partidos em presença.

Uma vista de olhos aos programas dos principais partidos, uma maçadoria anti- disruptiva que as generalidades programáticas assemelham com pequenas diferenças de grau, mais lhe reforçou a maré baixa de ânimo pela certeza já assumida de uma victória já anunciada do Partido Socialista.

Nem um partido populista decente, que o Chega desmerece em inanidade, nem um partido reaccionário de Direita que Cristas desmente, nem uma extrema- esquerda, hoje social - democratizada pela Catarina que se veja, nem um PPD popular, que o PSD descoseu da bandeira PPD/PSD... Enfim, uma seca.
Que saudades dos tempos dos debates políticos nas televisões, de Soares, Cunhal, Amaral, Carneiro, Barreiros... pensaria Pedro, se tivesse a idade para ter visto.

Hoje, olhando para os frente -a - frente dos falsos debates televisivos, onde o(a) entrevistador(a) deixa - se tomar por uma pulsão irresistível, indisfarçável, de protagonismo por sobre os convidados, que acabam a debitar as suas proclamações sem contraditório desarmante, que o tempo, cronometrado ao segundo, terá de permitir mais questões ao entrevistador... que o esclarecimento só iria atrapalhar, enfim... Chamar debate a isso é gozar com o pagode.
Como é que, nessas circunstâncias, a moderação, moderada, não se torna a estrela do firmamento discursivo? Ninguém ouve, ninguém tem tempo para ouvir e o espectáculo pretendido pelos Media, falha. Nem dá para uma troca de argumentos cá fora.

Pelo que, sim, a moderação tem marcado, até quando? esta campanha eleitoral. Um Bem? Um Mal?

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