A Guerra está perdida?
...pergunta pesaroso o estimável Cruzado de pantufas JASaraiva na edição última do Expresso.
Para começar,ainda não ouvi nenhum comentador militar português tecendo loas à última aventura militar dos USA.Em contrapartida,é lamentável,e para mim muito estranho,eu que fui oficial miliciano na guerra do Ultramar,ver indivíduos que nem conhecem o cheiro da pólvora quanto mais do sangue jorrando de uma ferida aberta,o horror da morte a milímetros,defender a "capacidade de acção e decisão dos outros-os americanos-numa auto-compaixão recorrente da sua impotência física e mental.
Aliás,esse fascínio pela acção que alguns intelectuais do Ocidente pregam actualmente merece ser analisado a nível psquiátrico.
Da parte dos que condeneram a invasão,nunca houve,como JASaraiva diz,ódio pelos americanos.Deixemo-nos de tretas e de grosseiras manipulações semânticas,como quando se titulam de assassinas as acções deles e de acções militares (desadjectivadas) as barbaridades dos ocupantes.A possível eclosão de uma guerra civil depois da expulsão dos invasores talvez não seja assim um cenário tão previsível,como os defensores do Apocalipse prevêm.O CAOS foi criado pelos invasores e desaparecerá com a sua partida,porque o diálogo entre as partes é possível,e a linguagem é a mesma.
Quanto a negociações com "terroristas",aqui vai uma lista rápida daqueles com quem foi possível dialogar-Miterrand,Amilcar Cabral,Mao,Samora machel,Washington,Mandela,etc...
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