JAVIER SOLANA
Numa entrevista publicada na "VISAO" nº 595,o sr. PESC exige o palco internacional para a Europa dos 25,materializado pelo seu potencial comercial,populacional,tecnológico.
Com uma população quase o dobro da dos USA e quatro vezes maior do que a japonesa e com o quarto PIB mundial,só lhe faltou acrescentar o poderio nuclear,questão não dispicienda quando falamos em "super-potências",nada faltaria à Europa para a assunção plena dessa condição.
Esqueceu-se que a EUROPA como entidade política ainda não existe,e que enquanto não for decisivamente apoiada pela totalidade da sua população,padecerá de uma fraqueza fatal,que comparado ao "orgulho" americano,a deixará desemparada no confronto com os USA,que inevitàvelmente ocorrerá.
O assumir dessa rivalidade com os Americanos no contexto mundial,releva do facto de haver uma diferença de monta no plano da política externa;com o prolongamento e associação
natural das suas forças armadas a dar "peso" às suas "sugestões" aos recalcitrantes,a América tem chocado a Europa,a partir dos anos 50,data da viragem da sede do Império.
A guerra contra o Iraque foi decisiva na nova mudança da atitude da Europa.O fortalecimento das suas Forças Armadas será o passo seguinte:essa musculação da política externa europeia levará naturalmente a confrontos sérios com os USA e estou a falar de uma nova Guerra-Fria,com novas alianças a desenharem-se no horizonte.O tempo urge e já se estão a tomar posições estratégicas,onde a guerra no Iraque não foi um passo em falso dos americanos.Ela foi uma jogada militar estratégica,e a Europa sentiu-a como tal,pelo menos OS QUE TÊM OS OLHOS ABERTOS e conhecem a Historia Mundial.
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