Muuuuito interessante o desfecho das eleições. Todas as análises, sondagens e projecções, partidárias e outras tiveram um cunho único - FALHARAM.
O P.S. foi o beneficiário destas eleições - é a minha leitura objectiva, para lá dos critérios que normalmente enquadram a interpretação dos vencedores e dos vencidos.
Interessante foi a reconfirmação, já de há muito intuída, dos padrões de manipulação dos votos que em tão pouco tempo de Democracia os portugueses já manejam.
As eleições, para além do concurso de Beleza também se tornaram um concurso de Carácteres e de Liderança, onde o sensorial se cola ao intuitivo numa extracção diligente do SENTIR - confiança pessoal, autoridade, determinação, enfim, um objectivo, uma ideia, um projecto, alimentado pela promessa de cumprimento.
Lamentávelmente, os " déspotas iluminados " não abundam e normalmente são confundidos com os demagogos, o que só irá trazer mais ingenuidades, como se já não fossem estúpidamente maioritárias, na análise da acção política.
Se isso prefigura, não a morte da capacidade crítica como V.Pulido Valente se estremece em relação ao que ele apelida de Obamania, mas a morte da ideologia e das diferenças políticas programáticas e partidárias impostas pelo " novo culto de personalidade " fácilmente entendido pelas massas no cotejo com a análise interesseira e pragmática dos programas partidários, mal irá a Democracia nessa fatal GLOBALIZAÇÃO.
A ser assim..., só posso desejar o regresso efectivo do Poder ao POVO, em vez de O deixar à farsa elitista que enxameia nos corredores do mando.
Sem comentários:
Enviar um comentário