E os eleitores de esquerda, evidentemente, perguntava eu, qual o seu papel?
Os conservadores estão confortáveis na sua posição. Quer estejam ou não no Poder, sabem que a esquerda que lá está é - o nominalmente, já que a política que " tem " de seguir já foi de antemão, ( dada a realidade, a Tal de que falámos no post anterior ) formatada e aceite pela Esquerda.
Para complicar a vida dessa esquerda no Poder está a visão dos eleitores -naturalmente interesseira, curta e de curto prazo - o prazo de uma legislatura de quatro anos.
Na impossibilidade de, em tão curto prazo, se proceder a reformas sobre o Sistema cujo alcance seja imediatamente percebido, a monotorização da actividade governativa foca - se pelos pormenores e pelos fait divers intriguistas que os Media criam e alimentam, com ou sem razão.
As diferenças que por vezes algumas " reformas " marcam em termos ideológicos, rápidamente se desvanecem, como a memória da governação anterior.
Daí a recorrência quase automática e irreflectida da alternância governativa na esperança vã de soluções de curto prazo.
Enquanto a Esquerda não tiver uma autêntica e diferenciadora política que a distinga, não necessáriamente em radicalidade, dos padrões desse obtuso Centrão, como já foi chamado, e governe, como a Direita o faz, para o eleitorado que maioritáriamente votou nas suas propostas, o pântano político mundial desfeiteará por muito tempo ainda as regras que a Democracia criou e que a Burocracia Global contrabandeia.
A Rotura tem de acontecer, quanto mais não seja por uma absoluta necessidade de transparência. As sociedades são conflituosas e formadas por grupos de interesses.
Assumamos de vez os conflitos e que de uma vez por todas se comece a DAR SENTIDO AO VOTO.
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