domingo, outubro 09, 2011

TELEVISÃO PÚBLICA

Recorrentemente, sempre que a Direita chega ao poder em Portugal, prepara um novo assalto aos media públicos.
 Este novo governo achou que o trabalho de sapa iniciado já nos tempos de Cavaco com o esvaziamento das receitas próprias e legítimas das taxas ( nunca ouvi, na verdade nenhuma indignação popular à sua existência... ) e com a criação de dois canais privados também legítimos nos seus propósitos e com a quebra deliberada dos seus recursos publicitários e com a bendita Crise, se tinham criadas as condições necessárias  ao assalto final. E vai fazê - lo, quase sem resistência, pelos vistos...


Acontece que a ideia última assentava e ainda assenta, na extinção de um concorrente, que pelas suas  obrigações de serviço público obrigava a uma qualidade que, por permanente e legítimamente escrutinada, levá - lo - ia a um refinamento da qualidade das suas emissões com um natural aumento de audiências e... PATROCÍNIOS.
Ora é disso que se trata, SEMPRE que se fala da RTP, por exemplo, como as novas machadadas dadas pelas reduções das suas quotas de emissão publicitária no sentido de beneficiar, estrangulando - a orçamentalmente, os canais privados.
Esta tática, melhor dito, estratégia já que é mais abrangente, de tão básica, descarada e viscosa já é tão antiga ( lembram - se das anteriores privatizações? ) que, apesar de se revelar eficaz pela tremenda manipulação de um universo culturalmente muito débil como é a nação lusa, já deveria ter alertado a sua elite intelectual para o crime lesa - Pátria, na linha dos que se preparam para os outros sectores FUNDAMENTAIS para a maioria da população portuguesa como a Energia, os Transportes, a Saúde e a Educação, se cobardemente a maioria deles não estivesse já comprometida numa alarve propaganda aos interesses dos seus patrões e, julgam eles, coincidentes com os próprios...


A população portuguesa TEM de ser protegida dessa ganância imbecil e parafraseando Almada Negreiros, o que essa ganância  tem a mais sobre a ganância universal é SER PORTUGUESA e ter como campo de acção um país pobre e esmifrado até à medula.
Eu sei que para os vampiros do Zeca o dinheiro não tem pátria e hoje com o euro, mais apátrida ficou e sabemos bem aonde vai parar...., longe dos deliberadamente encolhidos dedos do nosso Estado, também ele quase exangue de tanto chupanço.


ARRE!

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