sexta-feira, julho 20, 2012
D' o VÉU DE MAYA...
MADRID, como foi ontem Tripoli e Cairo...
Manifestações democráticas, desarmadas e com a mesma carga de repúdio, marcando um divórcio temporalizado entre o poder político e o povo.
Enquadrar o que se passou na Líbia e hoje na Síria face a essa realidade é de uma miserável e hipócrita simplificação comparativa do que se passou e do que se passa.
Os líbios abdicaram das manifestações desarmadas, assim como os sírios e declararam guerra ao poder. Para os líbios, o patrocínio da revolta armada por parte do Ocidente permitiu - lhes apear o seu déspota , e até ver, instalar um sufrágio universal e democrático sobre a soberania do país, decapitando o antigo regime através de uma guerra civil da qual saíram victoriosos. Kadahfi tinha sido abandonado por todos.
Síria enfrentou o seu líder com uma revolta ARMADA e escolheu a via da guerra civil para o derrubar. Nunca chegou a ser uma confrontação, a não ser pretérita, entre inocentes e criminosos.
Assad ganhou, como ganhariam TODOS OS LÍDERES POLÍTICOS em vigência, a legitimidade e o dever de defender o seu país. Não há inocentes, a não ser as crianças, dentro da comunidade sunita e franjas do alauismo a chorar, a não ser com lágrimas de crocodilo.
Estivessem armadas as manifestações em oitenta cidades espanholas, como essa em Madrid, como seria a reacção de Rajoy ou eventualmente em casa própria, Obama?
A minha simpatia incondicional com os rebeldes em luta pela liberdade nunca me corromperá o discurso e a pose em obscenas cumplicidades com os globalizadores e com a acefalia mediática dos seus lacaios.
VIVA A SÍRIA LIVRE!
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