segunda-feira, julho 23, 2012
MIJAR CONTRA O VENTO LIBERAL...
Sloterdijk, num dos capítulos do seu livro " Crítica da Razão Cínica ", dedica uma secção ao que ele titula Em busca da insolência perdida, à desconfiança jubilosa do ZÉ sobre a sabedoria dos mestres, tomando como exemplo a extraordinária figura do vadio ( Rui Ramos dixit, ver crónica no Expresso do sábado ) Diógenes.
Contra a palavra e a Retórica dialéctica dos senhores onde tudo se passa e se resolve, o sarcasmo, a chalaça e os dichotes são armas possíveis no desmantelamento das interpretações legalistas, quando o que se deplora - a falta de ética - é escondido sob o manto da legalidade abusiva que permite e do atropelo hipócrita que silencia.
Essa " soberania " que a democracia permite aos vadios, e não- lacaios ( a contradição é evidente... ) usar a linguagem argumentativa do cuspo de desprezo sobre a elite espertalhona e rapace também é dada à estampa por senhores e ladies nas páginas desse mesmo jornal em interpretações pejorativas, políticamente correctas mas não menos contundentes que semanalmente aplaudo e subscrevo ( sem vassalagem, como vadio que me sinto... ), dizia, é uma victória diàriamente exercitada que a surdez do poder ainda não ouve.
Lamentávelmente, tem aumentado o número dos surdos o que tem permitido que "... não parece haver outro risco na política... - Ramos disse.,. " a não ser o ridículo, nada abale o poder liberal.
Para piorar o estado das coisas, Clara F. Alves que sublinha semanalmente com mordaz nitidez os traços marcantes dessa tristeza que teima em se lhe colar como erva daninha, em cada safanão, exorcizando de si essa pertença, acrescenta - lhe a ignorância massiva, militante, de toda a burguesia nacional.
Eu cá prefiro a refracção, a VADIAGEM... E, DEFINITIVAMENTE, A INTELIGÊNCIA CULTA e não - lacaia, actualizo...
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