Com alguma insistência, confesso, tenho trazido aqui a minha percepção da maneira como o Poder, para o caso o governo actual e sejamos honestos, os governos em geral, nomeadamente os democráticos, vêem as manifestações dos seus povos contra medidas que vão contra os seus interesses, sejam eles corporativos, sectoriais ou nacionais. Inconsequentes, pois claro!
Poucos governos mudaram de rumo ou de propósitos sem que uma escalada qualitativa não tivesse antes robustecido as reivindicações dos seus governados; a História disso nos dá exemplos marcantes.
A violência normalmente só aparece quando, acossado, os governos deitam mão à legalidade do seu uso exclusivo.
Para o nosso primeiro - ministro Coelho, as manifestações de 14 de Novembro terminaram em arruaça e carga policiais porque meia dúzia de malfeitores quiseram estragar a FESTA que a pacífica e educada manifestação e concentração da CGTP, tinha protagonizado.
UMA FESTA, é como o poder vê as manifestações.
Quanto à entrevista de ontem, consigo compreender os problemas de comunicação confessados por P. Coelho a começar pela pertinência (!!!) de pôr mais sal na ferida criada pela aprovação do Orçamento para 2013.
Ela já foi classificada de uma confusão política a que outros descortinaram matizes de caracterização psicológica assaz pertinentes, como a negação.
Entre dois deslumbramentos faceados pela Merkel e pelo Gaspar, Passos não tem salvação política. O serôdio sebastianismo salazarento que nos arrasta para o miserabilismo do pobre mas honrado e que deixa o espaço liberto para os predadores e os necrófagos, é uma não - missão, é uma traição ao País.
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