A INTELIGÊNCIA, quando não ancorada pelos valores éticos que a Tradição consuetudinária de milhares de anos de história em comum dos povos cimentaram, está ao serviço do mal; não só do Mal metafísico representado nas iconografias religiosas mas também daquele que desde o século XVIII, pelo menos nas sociedades ocidentais, tinha sido diagnosticado como racionalmente inconveniente e religiosamente pecaminoso, à assunção do humano em toda a sua plenitude como espécie racional e capaz de racionalidade, vulgo RAZÃO + ÉTICA.
Desde então, qualquer consciência esclarecida sabe, na análise dos seus actos e dos Outros, identificá - lo, se não na sua interpretação religiosa, na sua presença agnóstica, pelo que possui de desarmonia, de indiferença, de covardia de bestialidade e de mesquinhez.
As sociedades, pela necessidade de conter a Razão ( capacidade de pensamento e imaginação ) humana que, solta, adversaria toda e cada uma racionalidade vizinha, criaram normas de contenção da liberdade que ela propõe, primeiro através das religiões e dos seus imperativos comportamentais dos quais os livros sagrados das grandes religiões formadoras deram e dão a conhecer, condicionando - a, primeiro pelo castigo divino e, com o Iluminismo, pela penalização social através das Leis civis. a aceitação das suas normas universalizantes.
Acontece que, na interiorização voluntária desses princípios orientadores que marcaram e marcam indelévelmente todas as gerações, passadas e presentes e quiçá as futuras, ficaram espaços vazios que a Educação não preencheu. E é precisamente aí, nessa zona do Nada, nesse vazio que o Mal medra e encontra alimento, alibis, justificação e... impunidade, se não física, racional.
Nessa impunidade sem contraponto ao nível da consciência, a ética residual põe- se ao serviço de Si, e, nesse universo, tudo se torna justificável.
Nos tempos modernos, o Narcisismo, fomentado, alimentado, ensinado nesse espaço de auto - justificação do BEM como imanência individual, medra um uso da Razão liberta das amarras de todas as éticas, desligada de uma racionalidade que deixou de ser humana, regredindo lentamente à naturalidade dos tempos primevos com o seu alargamento permanente à medida em que os povos vão sendo reduzidos à condição de sobrevivência.
A luta que a resistência espiritual trava, a esse formidável e poderoso esvaziamento das armas de indignações morais que os poderes actuais prosseguem, brande armas antigas como a Solidariedade, a Dignidade, a Igualdade, os Direitos Humanos enfim, que, se outrora tiveram eco nas almas mais humildes e nas arrogantes, hoje, relativizadas até à exaustão pela filosofia moderna, desprezível por inconsequência e contaminação original desde Platão com a sua teoria do Poder e também ela narcísica e instalada, marcando a sua irrelevância anunciada, está em perda acelerada.
As consequências que a exaustão do uso das armas cívicas e democráticas cujos parâmetros de alcance foram limitados e são controlados pelo Poder que se combate ( o mal moderno, em todas as latitudes...) estarão aí brevemente se a História de facto ainda não morreu, como eu creio, piamente.
Da mesma maneira que os nossos cérebros estão protegidos físicamente por uma barreira que impede que muitas drogas e corpos estranhos aí se alojem, as nações também a possuem em maior ou menor grau a funcionar subterrâneamente ante a corrupção das elites, cujos cosmopolitismos vistos por si como anexantes de modernidades despem - nas de outras amarras, apelidadas e sentidas pelo plebe sob outro nome - Patriotismo - e contra isso não há razão instrumental que resista se e quando as nações se levantam sob a sua bandeira.
Acontece que, na interiorização voluntária desses princípios orientadores que marcaram e marcam indelévelmente todas as gerações, passadas e presentes e quiçá as futuras, ficaram espaços vazios que a Educação não preencheu. E é precisamente aí, nessa zona do Nada, nesse vazio que o Mal medra e encontra alimento, alibis, justificação e... impunidade, se não física, racional.
Nessa impunidade sem contraponto ao nível da consciência, a ética residual põe- se ao serviço de Si, e, nesse universo, tudo se torna justificável.
Nos tempos modernos, o Narcisismo, fomentado, alimentado, ensinado nesse espaço de auto - justificação do BEM como imanência individual, medra um uso da Razão liberta das amarras de todas as éticas, desligada de uma racionalidade que deixou de ser humana, regredindo lentamente à naturalidade dos tempos primevos com o seu alargamento permanente à medida em que os povos vão sendo reduzidos à condição de sobrevivência.
A luta que a resistência espiritual trava, a esse formidável e poderoso esvaziamento das armas de indignações morais que os poderes actuais prosseguem, brande armas antigas como a Solidariedade, a Dignidade, a Igualdade, os Direitos Humanos enfim, que, se outrora tiveram eco nas almas mais humildes e nas arrogantes, hoje, relativizadas até à exaustão pela filosofia moderna, desprezível por inconsequência e contaminação original desde Platão com a sua teoria do Poder e também ela narcísica e instalada, marcando a sua irrelevância anunciada, está em perda acelerada.
As consequências que a exaustão do uso das armas cívicas e democráticas cujos parâmetros de alcance foram limitados e são controlados pelo Poder que se combate ( o mal moderno, em todas as latitudes...) estarão aí brevemente se a História de facto ainda não morreu, como eu creio, piamente.
Da mesma maneira que os nossos cérebros estão protegidos físicamente por uma barreira que impede que muitas drogas e corpos estranhos aí se alojem, as nações também a possuem em maior ou menor grau a funcionar subterrâneamente ante a corrupção das elites, cujos cosmopolitismos vistos por si como anexantes de modernidades despem - nas de outras amarras, apelidadas e sentidas pelo plebe sob outro nome - Patriotismo - e contra isso não há razão instrumental que resista se e quando as nações se levantam sob a sua bandeira.
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