...AO FALHANÇO DA " BURROCRACIA "...
... E DO TRIUNFO DA DEMOCRACIA. ..
... O resultado proclamado pelos cidadãos foi um monumental bofetão à Europa merkelizada e ao desplante e cinismo provinciano com que gerem a vida das nações.
Impossível não reter o trambolhão político que à Política foi imposto na fragmentação do voto e no pseudo - alheamento que a brutal abstenção poderia, em leituras apressadas, configurar.
Num continente, berço de uma civilização comparativamente exemplar pelo que da sua contribuição o planeta alberga, onde de um tronco comum nasceram as mais fortes identidades nacionais que cansadas de se guerrearem abraçaram um projecto grandioso, que a própria Cultura comum sustentaria, hoje, nas mãos de uma inépcia tão gritante que a medíocre, mesquinha, doméstica liderança contempla, a IDEIA está a ser reduzida a pó num divórcio já quase impossível de esconder entre os seus cidadãos e a sua pretendida e pretensa elite.
Os motivos que dantes justificavam as " fronteiras " conflituosas entre as nações europeias, de tão estudados e escalpelizados, julgavam - se então reduzidos, racional e políticamente, a desperdícios históricos que as guerras cessadas cimentariam na grandeza geo - estratégica do espaço comum europeu.
Hélas, eis que o que se julgava enterrado sob os escombros deixados pelas guerras familiares, religiosas e expansionistas e demenciais como as duas últimas ( não as serão todas? ) deu à costa com o protestantismo da Alemanha e dos estados do norte. Já denunciado por Gasset, o Costume de Uns voltam a ser Juízos dos Outros e o julgamento penalizante, penitencial sobre pretensas inferioridades estão a levantar dos túmulos os cadáveres insepultos.
O pensamento global, essa aberração sustentada para rebanhos, vai ter em Bruxelas a face da Resistência.