domingo, agosto 17, 2014

ALJUBARROTA ou ALCÁCER QUIBIR?

E... MUDANÇAS GERACIONAIS

Quando, na Política contemporânea Global, na História acabada, se reclamam mudanças, o que em essência, se proclama,  são mudança de fotogenias que não de reformas, rupturas ou, no limite revoluções. Hoje, o facho da revolta contra o status quo definido por uma visão imperialista que tem corrompido o sistema democrático, está no Médio Oriente, em África, numa redefinição do CAOS imposto dentro da Ordem da manada.
Os condicionamentos que gerem os cidadãos, armadilhados na teia da Globalização, não já meramente financeira, et pour cause, mas também política económica e educacional, tornaram - nos vítimas do sistema e não os seus usufrutuários, a base da eficácia da sua verdade, da sua necessidade.
O conformismo, que a fuga para fora, estúpidamente acarinhada pelo governo actual com o agradecimento do resto da UE, desmerece como cidadania no enfrentamento geracional, como a geração dos 60, a minha geração, com a corrupção generalizada dos imperativos éticos que deveriam e devem sustentar a Democracia.

A infantilidade recorrente ( culpa nossa? ) com que a sociedade é vista em Portugal pela nova geração remete inapelávelmente a um aprofundamento, quase inconsciente, de uma individualização crescente, em contra - ciclo com a sedentarização social e solidariedade organizativa que os parâmetros actuais deveriam exigir. Naturalmente estranha mas coerente com o passado, o sentido solidário, que a cegueira mercantilista cavalga no pseudo - liberalismo actual que envergonharia os seus pensadores, está a funcionar no sentido inverso. Os velhos estão a ajudar a sobreviver os jovens que os governos empobrecem cada vez mais. Isso tem um nome e uma substância que escapa à análise consequente da Política de hoje.

A ruptura temporal, que não geracional, que os laços de solidariedade actuais têm de gerir, por fora dos mecanismos naturais, tarda a acontecer, e a maturidade que a gestão, no seu tempo próprio da sua Vida traz à nova geração está corrompida, na apreensão do que se chama Valores. O tempo de sedimentação que o relacionamento comunicacional saudável ajuda a temperar, perdeu - se, com consequências funestas, que a deriva social e política testemunham.

Saudamos, com regojizo sem juízo, que só o tempo permitirá, a subida de uma nova autoridade política no Partido Socialista espanhol e no Partido democrático em Itália e o aparecimento de independentes, de seccionistas na Ucrânia, Escócia e Catalunha,  de independentistas anti UE da Frente Nacional e  do ( fora do arco do poder ) e de revoltosos islâmicos e bárbaros africanos contra a Nova Ordem Mundial. Ela fede por todos os lados e exige combate, porque é CORRUPTA E CORRUPTORA. 
Desgraçadamente, os alvos desse combate não estão a ser o Poder mas sim as suas vítimas, que acabam por ser duplamente penalizados.

Corre - se, incontornávelmente, um risco de populismo oportunista que a indiferença generalizada e preguiça intelectual alimentam generalizadamente entre a população, numa abordagem pragmática ( ética dos resultados... ) do acesso ao universo do Poder, alimentada pelo desencanto e desconfiança da Política faceada pelos personagens actuais.

Este assunto merece mais reflexão e voltarei a ele, assim que voltar dos banhos... Preciso de iodo...