segunda-feira, agosto 25, 2014

CONTEXTUALIZEMOS, POIS...

...malgré Popper...

... Que a racionalidade de hoje perdeu o rumo, o sentido e o alcance e o contraponto ético que deve balizá - la, sem  a qual não merece essa formulação sem se tornar insultuosa para aqueles que a definem integralmente nas suas vidas.

Qual a diferença que as nossas consciências são capazes de discernir entre a repugnância abstracta que a matança de Gaza levada a efeito pela democráticos governantes israelitas sobre democráticos eleitores palestinianos ( milhares de civis e centenas de crianças, CRIANÇAS, entre eles...) e o real e sentido asco pela execução publicitada de um jornalista americano?

Para começar, todo o mundo passou a conhecer James Foley na hora da sua morte e a empatia viral com um ser humano miserávelmente humilhado e despido da sua condição de inocente, mártir da sua profissão de informar, re - humanizado por nós, no pranto do seu desamparo.

A sombra cínica que esconde a face da repugnância devida e a sentir por sobre as vítimas de Israel, da Boko Haram, a multiplicar por milhares, sem nome, sem rosto, tem na cumplicidade neutra e assassina, compreensiva até, com os carrascos das crianças terroristas e a indiferença racista para com as vítimas da barbárie na Nigéria, a instrumentalização racionalizada da Razão em nome do contexto.

Não vi a execução de Foley, nem preciso das imagens para  condenar a desumanidade, basta - me saber que aconteceu, assim como o arrastão impiedoso e cego da EIL que não distingue a sua jihad da pura carnificina de inocentes.
A outra jihad, a de Israel na limpeza étnica da Palestina em nada se distingue em barbaridade dos outros tipos de execução. Um assassinato em massa é um ASSASSINATO, não tem outro nome e sobre vítimas desarmadas, é COBARDIA.