segunda-feira, fevereiro 15, 2016

UMA AULA POLÍTICA ( 2 )

ANTÓNIO COSTA, em entrevista ao Expresso

Uma realpolityk que, oh céus! apeou a Direita, uma necessidade não só programática como também e principalmente ideológica, interrompendo a consolidação no tecido social do país de idiossincracias tinescas durante mais tempo.
As outras faces de estranhezas estão retratadas nas questões que se seguiram, às quais o primeiro - Ministro " limpou " com sabedoria e... transparência. Habituem - se!

Nenhum Estado que se preze deixa - se governar pelas agências de rating e pela mistificação económica que é o Mercado o que é diferente do que ignorar a sua existência em prol do Capital, dos seus patrões.
Investidores foram e são os fazedores de riqueza industrial, comercial e social; não são eles os protegidos pelas agências de rating mas sim a diletância predadora e venal, pelo que o respeito que merecem na sua actividade é ZERO, é LIXO. E, sim, deveriam ser os Estados a controlar as suas actividades e nunca, mas nunca o contrário.
Foi lastimável ouvir, de novo o ministro alemão Shaubble a tecer considerações sobre as opções políticas de Portugal quando não deu a cara perante Cameron e as suas exigências. O Deutchbank ainda não lhe tira o sono?

Só uma pequena lembrança - A escola de Frankfurt denunciou, no princípio do século XX, o contrabando que se infiltrava, através do seu braço económico e académico, nas democracias europeias pela criação de uma naturalidade elitista tida como necessidades ideológicas. Tal como agora, a Europa estava sobre as consequências de mais uma crise do Capitalismo e a resposta da elite foi o autoritarismo exercido através dos meios de controlo financeiro e económico. Hoje, abundam esses meios, desde as instituições da U.E nas mãos do P.P.E. ao Mercado, às agências de rating, à Academias de Economia e Gestão. 
É altura da Política explicar toda a construção que nos trouxe à TINA e não se ficar apenas pelas explicações de gestão económica. É que há ouvidos atentos que convém iluminar.

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