QUEM CHAFURDA NO LIXO...
... não terá a mais remota possibilidade, se não morrer de exaustão, entretanto, de aì encontrar uma " pérola ".
Há títulos em Portugal que só conheço pelo nome, pela carcassa do exterior, que inevitávelmente prefaciam o conteúdo para lá da capa. Declino, pois, a aventura de os explorar e a resistência é tão forte que acaba sempre por vencer a minha doentia curiosidade intelectual por outras maneiras de ver.
Preconceito, dirão alguns; uma visão parcelar do mundo, dirão outros... enfim, uma insubmissão ao que não respeito, já sem tolerância nem paciência para simplesmente ler ou ouvir.
A conclusão desse posicionamento aproveita a crítica ao sectarismo que uma aparente fixação interpretativa na forma de ler o mundo parece contemplar. Falso! Nem toda a realidade precisa de ser experienciada para se ter opiniões fortes e inabaláveis sobre a natureza malsã do seu conteúdo. Até porque essa posição deriva do conhecimento da outra face da moeda. Nem é preciso poli - la, nas suas infindáveis cunhagens, para saber o que está por baixo. Uma questão de higiene mental, tão sómente...
Os « MERDIA », esse magnífico neologismo, creio tê - lo ouvido pela primeira vez referido pela Clara Ferreira Alves, resume a distância crítica a manter com TUDO o que se lê ou se vê, aqui e... lá fora. A sua credibilidade terá de estar em permanente escrutínio; cansativo, mas necessário. Caso contrário, a tendência será aceitarmos passivamente (n)o que o mundo se está a transformar.
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