... E A SUA INTERPRETAÇÃO PELOS OUTROS
VENEZUELA, POIS CLARO!
Um país democrático com lideranças saídas de eleições democráticas, duas vezes referendadas nas suas alterações constitucionais no pressuposto do aprofundamento das políticas socialistas que defende.
A ruptura com o passado de alinhamento com a política e as práticas capitalistas do poderoso vizinho do norte pô - la na mira dos alvos a abater... democráticamente. Foi através das práticas democráticas, em sucessivas eleições que a maioria do povo reiterou a confiança na chamada revolução chavista, elegendo o actual presidente Nicolas Maduro para a chefia do Estado. E foi através das práticas democráticas que os U.S.A. elegeram o seu mais inconsequente e improvável líder para a chefia do Estado.
Em quase, se não na totalidade dos regimes democráticos o presidente da República tem a prerrogativa da dissolução dos seus parlamentos sob os mais variados argumentos políticos, de modo a reforçar a solidez do Estado. A História ocidental está prenhe dessas contingências, Portugal incluído.
A chefia do Estado venezuelano, mormente o seu presidente não o podem fazer, dada a Constituição do país mas o seu Tribunal Constitucional pode e fê - lo. Antidemocráticamente? E porquê só na Venezuela? Em toda a Europa e não só, os parlamentos dissolvidos tinham sido democráticamente eleitos e foram dissolvidos pelos seus presidentes sob o pretexto dos parlamentares. Três presidentes, na nossa curta história democrática fizeram - no, nomeadamente Eanes, Soares e Sampaio, sem se ouvir um pio das outras democracias. A França fá - lo sempre que há uma eleição presidencial e a maioria constituída na Assembleia, democráticamente, não corresponder à maioria que elegeu o presidente.
Um dado adquirido - não há duas Constituições iguais em todo o planeta, pelo que, partindo do princípio que nelas se plasma a praxis que, no momento histórico da sua implementação configura o sentir maioritário dos cidadãos, são legítimas e são o resultado do compromisso político aceite.
Em Democracia, na Venezuela, aconteceu ISSO e Maduro tem a legalidade e a legitimidade da maioria para, perante o " estado de sítio social " instigado pela Oposição nacional e internacional, reforçar o seu regime democrático e não alinhado com os U.S.A.,como o fariam e fazem TODAS as democracias do Ocidente. Aliás, esse é o pecado dos regimes que a CIA deita abaixo em quase todo o planeta com o beneplácito e cumplicidade da Europa, se as suas fraquezas assim o permitam.
É espantoso que ESTE FILME , com tantos remakes ainda consiga ser visionado, por sociedades que se dizem civilizadas e democráticas, onde se respeitam as diferenças de opinião e visões políticas dos seus cidadãos, sem repugnância.
Todos os erros políticos cometidos ( atire a primeira pedra o não pecador... ) pela liderança chavista não justificam tamanha falta de respeito e hipocrisia do Ocidente para com uma democracia que se pretende ser socialista.
Quanto aos Media, só tenho a deplorar o tratamento, no mínimo estúpido e mimético, da crise social venezuelana. A habitual leviandade e leveza de rebanho etiquetado...
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