domingo, outubro 22, 2017
O " ANTIPÁTICO "
António Costa, Primeiro - Ministro de Portugal
A irracionalidade ou a urgência do racional, a Emoção que não a frieza e cabeça fria, a lamentação inane que não a acção concertada e reflectida, o choro que não a solidariedade efectiva, a Empatia que não a Confiança na relação positiva e pragmática, perante a devastação que atingiu Portugal, seriam as " receitas " meritórias que o político deveria abraçar, para escapar à, aparentemente, crítica que se almeja ser demolidora à sua postura perante o quadro político e físico que enfrentou.
" Será um homem sensato aquele que, para decidir se um homem está em paz ou guerra consigo próprio, liga mais às palavras do que aos actos? - Demóstenes
O apelo à Emoção à flor da pele, ao coração, aos instintos, à auto - compaixão será sempre a arma dos populistas tenham eles as cores que tiverem e os cargos que exercem.
Redenções, pedidos de desculpas confessionais, apelos sebastianistas foram a postura do faduncho a que respondeu a resistência da intervenção, que se impôs.
Não comungo, de maneira nenhuma, com o teor das críticas ao P.Ministro, para lá do seu carácter estritamente político e institucional, que acreditam criar uma maré de " estados de alma " que ofusque a racionalidade analítica do desempenho deste Governo.
O caminho populista, que com todas as " nuances " empáticas e talvez, inadvertidamente, o Presidente da República encabeça como referência voluntária ou não, na criação de " factos políticos " que estão marcar a agenda, mediática, por ora, é um mau sinal... Quem não está a entender isto não está a perceber o que se está a germinar pelo país pós - Pedrógão...
Vergonha, sim, toda a gente é livre de a sentir como sentimento banal, com ou sem sustentação e eu também a sinto por ter contribuído, pela parte que me toca, com o meu silêncio impotente, então, sobre o conhecimento que ia obtendo do " fogareiro " em que, inevitávelmente o país se transformaria um dia, na denúncia do tipo da mancha verde demoníaca que na época começava a nos encher de orgulho e... euros.
Porém, nunca lembrou a ninguém nos USA, com as Torres Gémeas, em Espanha com Atocha, em Londres com a Grenfell Tower e por aí fora, concluir, tão ligeiramente e envergonhado até à medula, pela incapacidade do seu país em defender o seu território e as suas gentes.
A incúria foi também e, na minha opinião, nossa e depois da casa arrombada as lágrimas de crocodilo inundam o país mediático num atroz cinismo pelo país que só nos últimos tempos lhes foi dado a conhecer.
E já que estamos numa de teleologia, estão eles, cuido que é tempo de um Nacional MEA CULPA e estarmos mais atentos.
E socorro - me ainda do velhinho Demóstenes para acabar - Parece - me que o bom cidadão deve preferir as palavras que salvam às palavras que agradam - disse ele e eu, entretanto, prefiro ouvir as palavras e acções do Governo e escrutiná - las, RACIONALMENTE.
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