Está a chegar o dia de fazer o balanço crítico do Governo Sócrates. Confesso que as minhas expectativas em relação aos Governos serão SEMPRE muito baixas, dada a sua incapacidade de funcionarem isolados do resto do mundo onde estão inseridos - o Ocidente - no caso vertente, livres da imposição das regras criadas para o seu funcionamento aceitável dentro dessesparâmetros..
Seria preciso baralhar e dar de novo, já que houve batota desde o início. E os governos portugueses, a braços, não com " um País merdoso - Júdice dixit " , mas sim com uma população com um diferencial educativo e profissional de peso comparativamente aos sócios europeus, acrescido de uma classe empresarial, ( as excepções são conhecidas ) anti-patriótica, alarvemente glutona e socialmente amoral, de uma organização sindical de discurso petrificado, estúpidamente reivindicativa, ( posso prová-lo ) a par de uma classe média arrivista, deslumbrada, amorfa socialmente, provinciana no que à cidadania concerne, dizia eu,os governos portugueses, pós - 25 de Abril, tiveram de viver com essa contradição política de serem PODER e OPOSIÇÃO ao mesmo tempo: oposição às características do seu povo, moldado por um país único, belo e acolhedor, que convida à fruição descomprometida e PODER de poder adequar as suas capacidades pessoais ( que estão lá e prontas a explodir ) ao regime que repetidamente celebram nas eleições; liberal em termos económicos e de igualdade apoiada à partida.
O resto, que é muito e é TUDO, depende, dependerá SEMPRE até ao fim dos Tempos, da responsabilidade pessoal, não-delegada nem no Estado, nem nos patrões, nem no vizinho, de sermos donos do nosso crescimento, intelectual, moral e económico.
Numa sociedade não - conformista, em que individualmente cada cidadão tem a OBRIGAÇÃO CÍVICA da sua autonomia, o Estado só deveria ter a obrigação de criar e exercer vigilância apertada sobre LEIS universais que permitem a LIBERDADE desse exercício e defendê - LAS contra os seus desvirtuamentos perante quem quer que seja.
Normalmente é aí que " as coisas " falham. Francamente, não penso que seja aí que Sócrates esteja a falhar...
Voltarei ao assunto...
Sem comentários:
Enviar um comentário