quinta-feira, abril 07, 2011

À MORTE DE DEUS, DA HISTÓRIA, SUCEDE - SE A DOS FILÓSOFOS...


" A Filosofia está morta! " - proclama o astrofísico britânico S. Hawking; " a tocha do conhecimento não está mais nas mãos dos filósofos e pensadores. As respostas dá - as a Ciência ".

E pronto! A REALIDADE FOI, de uma penada, reduzida, irónicamente, de um posto de observação privilegiado como a cadeira de Hawking e o planeta que lhe dá guarida, transformado em centro do Universo, ao PENSAMENTO de um físico teórico.

Todas as épocas, tiveram uma concepção da História e do Universo. Entrámos, com o desenvolvimento cibernético numa nova era - a da Ciência que assim explica(ria) por que é que as coisas aconteceram assim e não assado.

Da concepção primitiva de base teológica o Homem filosófico tentava entender e explicar o Mundo conhecido através de intervenções de seres divinos.
Ao longo dos séculos sucederam - se novas concepções à medida em que a Ciência avançava. Hoje, entrado no século XXI, a divindade desses seres deve ser atribuída e reduzida, segundo Hawking, aos cientistas, aos manipuladores da matéria e do espírito, alquimistas prodigiosos que extraem, pela sua experiência própria e dos iguais, as respostas das perguntas formuladas há 200.000 anos.

A Filosofia terá então, à medida em que a especificidade do Real compartimentava os saberes por cada universo de perguntas e respostas, esvaziado a sua essência e a sua razão de ser.

Por mim, a transposição efectuada do sapiens inferior ao sapienstecnicus expandiu, pelo contrário, o campo de interrogações do Homem comum, como ser racional e prático, mesmo hoje, já que, posto perante uma Metarealidade inalcançável e teorizada pela Ciência, está ao nível de TODO O HOMEM, divino ou não.
Sendo a Filosofia a procura da Causa e Efeito, acompanhou em inquietações, perguntas e teorizações o alargamento do REAL que a Ciência tem proporcionado. A Ciência mais não é do que o fornecedor instrumental das respostas possíveis às questões que a Filosofia levanta. Apesar de cumprir com relativo, porque condicional, brilhantismo essa tarefa,ela não esgota o universo filosófico de PORQUÊS, COMO, ONDE, QUANDO, E DEPOIS..., e as consequências que as respostas terão no HOMEM.

Enquanto houver um SAPIENS vivo a Filosofia não morrerá. Nasceu com ele e com ele morrerá, pelo menos no planeta TERRA.

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