Entre o " abraço " responsável e a retaliação " justificável " o PS balança...
Há uma tentação irresistível, políticamente compreensível, em fazer o PSD, em primeiro lugar, e ao resto da Oposição, " pagar " pelo êrro tático e a longo prazo, estratégico, do derrube do Governo. ESSA é a posição de quem foi miserávelmente atacado na sua legitimidade para governar, apesar e por ter vencido umas eleições contra TODA a Oposição. E também, digamo - lo com toda a franqueza, também será a posição de Teixeira dos Santos, " desautorizado " política e técnicamente pela Oposição.
Há uma tendência um bocado estranha em Portugal de desvalorizar o trabalho alheio quando e principalmente ele está inserido na luta política, com um desrespeito institucional que, praticado pelas massas, seria " aceitável ", em nome da famigerada liberdade de expressão o que é, na minha opinião, inaceitável, INSTITUCIONALMENTE.
Esquece - se, com frequência que os ataques ad hominem trazem desconforto pessoal e nem toda a gente se chama Sócrates e pôr os irresponsáveis ( objectivamente ) perante as consequências das suas acções faz parte de uma educação cívica que os homens da minha geração praticam e aconselham.
Sócrates apontou no seu discurso de abertura o mote da campanha aos militantes. A sua linguagem agressiva, nua e crua, terá de ser, a partir da intervenção de Jaime Gama no Congresso, apelando ao " abraço " responsável, substituída, ou tornar - se mais subtil. Até porque tem quem faça esse trabalho eleitoral pelo PS sem luvas, melhor, com elas calçadas.
Por mim, a Oposição, que não se irá conter na sua agressividade, na tentativa de apagar o rótulo de irresponsabilidade, merecerá todo o ataque político que a situação contempla e não será poupada.
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