Manuel Alegre !
Não basta ter apresentado a sua candidatura para desanuviar, qual sol radioso, este tempo de bruma, política e climática.
Em tempos aqui se disse que o PS não iria esquecer de ânimo leve a sua oposição resoluta à política do Governo e a sua legítima independência em prol da democraticidade " histórica " dentro do Partido.
Maçada nenhuma para os que não o apoiam, limitar - se - ão a exercer o seu direito de discordar do seu discurso, dentro dessa normalidade de que se reclamou e reclama e apresentarão em órgãos próprios do partido as razões da sua discordância, sopesadas as vantagens e desvantagens de o ter como o próximo Presidente da República, num país com maioria PS no governo ou na oposição.
A política exige estados de alma mas não se faz estribado neles, por vezes cavalgam - se sobre realidades que por vezes os ultrapassam. Confuso? Nem por isso. A natureza humana tem por hábito sacrificar racionalidades a favor de satisfações pessoais.
Dentro do PS, o travão que pôs à sua oposição declarada e sonante, veio tarde para muita gente. É que os anticorpos aí criados já tinham começado o seu trabalho.
ESSE será o seu trabalho político, caso ambicione ser o novo P.R. - garantir do PS, para lá do blá - blá do discurso de independência partidária e de Presidente para TODOS os portugueses, evidentemente,o seu apoio no mais curto espaço de tempo, apesar da agenda própria do partido, que vai para além da eleição do Presidente.
Se não compreender essa " hesitação " do PS e hostilizá -la, será meramente um candidato do BLOCO, já que o PCP é mais pragmático na hora de votar e não só, ( a ideologia foi - se, ficou o chico-espertismo ) assim como a Direita.
Dito isso, desejo - lhe boa - sorte!
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