PORTUGAL está parado no tempo. Não há energia anímica que pareça capaz de sacudir essa letargia e esse conformismo individualmente interiorizado em cada cidadão.
" As coisas melhorarão... " parece ser o credo sebastianista a reboque da desmobilização PESSOAL e marasmo crítico, a única reflexão pró - activa
a acontecer em Portugal nos dias de hoje.
Os responsáveis de ontem, aparentemente, melhor,definitivamente, os culpados da nossa situação HOJE, somos todos nós.
Os políticos, têm sido os nossos mandantes, a expressão executiva do que somos, os bodes expiatórios da nossa incompetência, do nosso escárnio, do nosso fundamentalismo libertário no cotejo com a obrigatoriedade cívica, da nossa incapacidade de pensar, da nossa falta de curiosidade intelectual, da nossa atávica preguiça, do nosso desprezo pelo conhecimento, da nossa burrice adornada pelo desenrascanço amador e irresponsável e por fim da nossa IMATURIDADE como colectivo, como Nação, como Pátria.
O actual P. M. será mais uma das vítimas, diferente dos demais, porque opõe mais resistência do que os anteriores foram capazes. Cairá, é certo,depois do abanão que tentou dar ao espírito provinciano e burguês dos seus compatriotas. Duramente acossado pelo atrevimento de pôr a nu as deficiências de carácter que nos permite a auto - calúnia sem sobressaltos e sem pudor na figura de quem nos supera em qualidades por nós desconhecidas, terá, mais tarde, seguramente o reconhecimento postmortem, como costumamos fazer por aqui.
E seguem o vira, o fandango e a dança dos paus a abrir o cortejo. Enquanto lá estiverem a marcha será definida por eles.
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