domingo, julho 29, 2012

SERMÃO AOS PEIXES, PERDÃO, AOS SIMPLES...

Porque não?


Passos Coelho não tem de P.António Vieira nem a habilidade oratória, nem o fino sarcasmo, nem a imaginação e nem a sua envergadura intelectual. Contudo convenceu - se, ou algum dos seus gurus de que com malabarices ( o termo é invenção deles... ) e conversa de carroceiro conseguiria passar a mensagem ao coração dos simples, já que a pieguice, a calinagem dos que não o são não os deixava ver a verdade.


Porque não?


A receita germânica com o seu sermão acoplado aos simples do sul da Europa tem funcionado junto ao SIMPLES-MOR e a sua corte, não tem? E porque não tratar a população portuguesa como um bando de simplórios? Até pode ser que resulte, já que está a resultar com ele e com os seus apaniguados... que se estão borrifando para as eleições na exacta medida em que se convenceram que irão desmantelar pedra sobre pedra o que resta ao património dos simples enquanto lá estiverem e que depois não há volta a dar para recuperar do saque que está a ser feito ao património nacional.
Pode ser que se enganem...


A inépcia política dessa trupe é espantosa e outra coisa não seria de esperar de um governo com todos os defeitos do funcionalismo público no que ele tinha de mais  de mais condenável - um funcionamento burocrático cristalizado que não permitia o mínimo rasgo de imaginação, com uma história acabada que deveria assustar de morte a nova geração, não esteja já ela completamente formatada pelas lusófonas e quejandos.
Se for o caso, temo pelo país, pela sua existência identitária e pela sua soberania, que não será já o Portugal que me ensinaram a amar.

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