sábado, novembro 29, 2003

A palavra aos outros melhores do que nos

" O intelectual.Que tipo.Sera uma especie em vias de extinçao?Ele e o inutil,o complicado,o chato.No imediatismo pratico,no dia-a-dia ofegante,na saturaçao de tudo,na opressao de quanto nos oprime,ele e de uma especie ininteligivel que um pouco se respeita ainda por etiqueta,como usar casaca em certas cerimonias.Sugeria alguem que se suprimisse a filosofia do curso dos liceus.Ha la coisa mais compreensivel?O filosofo,imagine-se.O das minhoquices.Um tipo que trqbalha,que se desunha para compor a sua verdade,que ha-de ser posta de lado pelo filosofo que se segue.Para que um romance que nos chateia com a maçada de "pensar"? Pensar o que, se a vida ja e tao maçadora? nao e mais saudavel mudarmos para a TV? Ou lermos um policial? E os poetas,esses loucos mansos que nao farao mal a ninguem mas nos atrapalham o transito? Assim eles se tramam,que tem de se ler uns aos outros.E um circuito fechado como o dos que aprendem um saber sem prestimo,excepto para o ensinarem a outros que o hao-de ensinar. O intelectual.Que picaro.Ele e um desperdicio a dar baixa no activo da humanidade.

Ha todavia um pequeno pormenor maçador e e que a propria humanidade sofre com isso tambem uma baixa por tabela.E esquisito mas e assim.Porque se nao fossem esses chatos,a historia dos humanos era apenas a da pocilga com apenas talvez uma variedade de feitio."
VIRGILIO FERREIRA

domingo, novembro 23, 2003

PORTUGAL REVISITADO


Para começar,lamento a perda dos acentos que um maldito virus me provocou.Aceito sugestoes para me livrar do incomodo.

Voltando ao tema que nos trouxe aqui,ja nao ha duvidas que temos uma pessima impressao deste Pais.O porque dessa situaçao que nos provoca um instintivo desejo de distancia de uma realidade que nos incomoda e ao mesmo tempo uma necessidade de tentar compreender as razoes que fazem com que as coisas sejam assim,mantem-nos nessa incomodidade de estar permanentemente a zurzir a nossa realidade na esperança va de que servira de alguma coisa.

Desta vez,para os mais distraidos e com a respactiva venia,dou a palavra aos outros:

"A maioria dos portugueses desconhece o Tratado para a construcçao Europeia.A maioria dos portugueses ignora a Constituiçao da Republica,o Codigo da Estrada,em que ano ocorreu o 25 de Abril.
A maioria dos portugueses nada sabe sobre si proprio,como nao compreende que o futuro nao e apenas uma questao de estatistica"
(Baptista Bastos)

"O que mais me intriga e a nossa incapacidade de amnesia colectiva em relaçao a quase tudo"
(Pacheco Pereira)

"Portugal ja deixou de ser um Pais,e mais um costume (quando nao um queixume),a que todos estamos habituados (quando nao conformados)
(Duarte Moral)

"O problema de Portugal e,desgraçadamente,o da falta de espelho.A falta de espelho legitima a sobrevivencia de um Pais acomodado,anafado,que vive acima das suas possibilidades e desfoca,deliberadamente,a realidade.
O Pais que se levanta contra as propinas,contra as facturas,contra a avaliaçao do desempenho na Funçao Publica nao e so avesso,como detesta a mudança.E o Pais do contra,pequenino,parado no tempo,indiferente aos sinais do mundo.Congrega,numa frente imobilista e cristalizada,a cobardia partidaria,a aristocracia sindical e o egoismo corporativo"
(Miguel Coutinho)

"Portugal esta na cauda do pelotao e proximo do carro-vassoura da UE.As vezes paraece que pedalamos para tras."
(Rocha de Matos)

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