quinta-feira, fevereiro 03, 2011

ANARQUIA, JÁ!

A minha satisfação pelo que se está a passar no mundo árabe a reboque da revolta popular tunisina, às claras no Egipto e subterrâneamente já nas suas monarquias, é plena.

Há tempos perguntava eu - Será que as democracias se sentem assim tão seguras que se permitem tais ofensas aos povos que representam?

Basta já do absurdo que certos regimes contemplam hoje como uma fatalidade, a que a maioria da população não consegue fugir.
Sempre produto das circunstâncias que fazem do SAPIENS um ser imaturo e reiteradamente de fraca memória da sua história assim que a sua Vida ( sempre vista uniliteralmente ) entra, a espaços, nos " eixos ", as revoltas populares, puras na anarquia que as sustentou e sustenta, tendem, assim que enquadradas, a perder o élan transformador que as despoletou.

Não, NÃo, NÃO, até que os " enquadradores " encartados cumpram o que a revolta pede e exige, sem negociadores nem representantes fácilmente racionalizáveis pelo bom-senso dos gabinetes, a não ser a consciência interrogada das massas, aferidoras das disposições dos burocratas em cumprir as proclamações exigidas.

Então, haverá espaço para a legalidade que a legitimidade popular trouxe à rua e quer fazer LEI.
A desmobilização não pode ser para já. Ainda não, pese a pressão dos USA, UE, ONU ou Liga Árabe.

É que eles foram parceiros mudos e espectadores desinteressados da sorte das populações que normalmente SAEM À RUA em revolta.

Ainda não!

segunda-feira, janeiro 31, 2011

NEM ONTEM, NEM HOJE...

 


NENHUMA argumentação será válida contra as novas declarações de BIBI,a não ser adornada de uma colossal hipocrisia ou auto - recriminação.
Para os que condenaram TODOS os arguidos ou especialmente um deles, Carlos Cruz, para o caso, esse eventual " ajustamento ", no caso de uma eventual inocência ou erro judiciário, seria muito doloroso moralmente.

Se ontem, as declarações de BIBI estiveram na base da condenação dos arguidos do processo Casa Pia, ajoujadas pela " credibilidade " das vítimas declaradas, portanto, CREDÍVEIS, para a opinião pública e para os tribunais, porque é que HOJE não o serão?

BIBI nunca teve NENHUMA credibilidade, nem ontem nem hoje. Quanto às vítimas dos abusos, não me pronuncio a não ser na total condenação da pedofilia e dos seus autores.

A natureza humana sempre se predispôs à empatia com a patifaria. Acaba, no limite, por alimentar um misto de inveja/ódio por aqueles que ultrapassam ou parecem ter ultrapassado os limites que a sua cobardia, códigos morais, penalização social ou religiosa lhe impôe.
É com estes pressupostos que se coze a " opinião pública " quando sobre os outros cai o anátema.

Não poderá haver, não deveria haver NENHUMA condicionante jurídica que possa impedir a audição, de novo, desta testemunha e o confronto com as " provas " aduzidas e com as vítimas, em nome da JUSTIÇA.
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domingo, janeiro 30, 2011

E VIVA A REVOLUÇÃO!

 



Eu já tinha avisado e ansiado que os " sinais " estavam já aí...

Manietada pela sua demissão da direcção administrativa dos povos que a sua obrigação e essência exigiria, em prol da Cleptocracia feita regime, a POLÍTICA, desmascarada na sua cumplicidade "activa, só tinha um caminho a percorrer - a DEVOLUÇÃO do Poder a quem o deu - o POVO.

Nas sociedades democráticas instituídas pelo Globo, essa devolução tem sido formalmente protagonizada nas eleições, durante o tempo da campanha eleitoral. Uma vez cumpridas as " obrigações " exigidas( !!!???) ao Povo regressa tudo ao statu anterior, com novos protagonistas ou não.

Naturalmente, as sucessivas " mascaradas " com as quais o Povo se deixava enganar, na ilusão de que o sistema e o regime podiam ser reformados, começam a esvaziar - se de sentido e de conteúdo de que o abandono em crescendo das urnas eleitorais dá consistência.

A hora é de acção.

A minha desilusão com o comodismo e emburguesamento da juventude ociosa, niilista, burocrática e efeminada do Ocidente,ausente e negligente do seu futuro teve um revés - contentamento com a revolução dos jovens tunisinos.
Que os ventos que varreram a cleptocracia tunisina representada pelos seus dirigentes políticos tenham o efeito de um gigantesco e global tsunami,a leste a norte a sul e a ocidente e que ajude a reinventar uma nova DEMOCRACIA E UM REGIME OUTRO, que sejam capazes de redefinir uma nova matrix do SAPIENS.