quarta-feira, dezembro 31, 2014

2014 - UM PÉSSIMO ANO

REFLEXÕES PESSIMISTAS

Lamentávelmente, e isso tem de reflectir, pela contumácia, necessáriamente, sinais claros de uma decadência civilizacional, de uma lenta e inexorável corrupção da sua representação, em todo o planeta.
Se em alguma situação histórica se poderá aferir do fim, de e não , da História, as últimas décadas ofereceram - nos provas cabais do assustador impasse em que se encontram todas as democracias do Globo.
Nunca como hoje o Homem teve em seu poder tanta capacidade e recursos, humanos e materiais para fazer bem e NÃO SABE COMO FAZÊ - LO, contaminando, do topo à base todo o edifício evolutivo da espécie.

Por outro lado, a quietude e o conformismo em pasmo vão provocando reacções de repúdio, dentro e para dentro do sistema, de dentro e de fora do sistema onde a violência, com as suas múltiplas faces tem sido o factor mais relevante nas " mudanças " e no sacudir do torpôr linfático que parece ter atingido a maioria da população do planeta. Umas vezes, de cara descoberta, brutal e sanguinária, doutras, velada e civilizada com mortes lentas e sem sangue, em legitimidades " democráticas ", cínica e despudorada na política, imoral e corrupta nos " negócios ", na Banca e nos investimentos.
As excepções democráticas na condução virtuosa dos interesses nacionais, em prol dos cidadãos,, pela sua normalidade, passam despercebidas e é nessa circunstancialidade que as distingue que se encontra a virtude da sua condição.

À medida em que se interiorizava de significado as noções adquiridas e racionalmente decantadas das regras de relacionamento inter - pares sob a bandeira da liberdade, nas sociedades do humano, foi - se corrigindo as distorções que a naturalidade das diferenças intelectuais, físicas e de género se tinha por adquirido no passado, na criação evolutiva de comunidades socialmente solidárias, com a participação de todos os cidadãos através da limitação voluntária das suas pulsões naturais, contribuindo com os seus impostos através da autoridade delegada num Estado que cuidaria que assim fosse.

Acontece que a corrupção invadiu, por entre a confiança, umas vezes ingénua e doutras cega, dos cidadãos na boa - fé interpretativa dos seus delegados ao Poder, todo o tecido social, que paulatinamente se vai atirando para os braços da relativização ética em nome do que é do mais natural, porquanto incivil, do indivíduo que não do cidadão, também ele, reduzido à sobrevivência, cujas necessidades aceitam, naturalmente, os falsos alibis morais justificadores do abandono da cidadania social.

Vamos entrar num novo ano de calendário e lamento dizê - lo mas os sinais não prenunciam nada de bom, NADA, a não ser nas Ciências. A Filosofia., moribunda, acompanha cobardemente, em seguidismo todo um processo de decadência sem uma voz de FÚRIA que se OIÇA.

LAMENTÁVEL!

DE QUALQUER MANEIRA, FAÇAM POR SER FELIZES E UM BOM - ANO FAMILIAR!