sábado, janeiro 06, 2007

Da virtude da simplicidade...e do torvelinho da complexidade do real

Tornar simples o que é complexo é uma virtude de pedagogos e educadores dos simples aos quais incumbe, por profissão ou por formação, decifrar o hermetismo que o real encerra e numa linguagem chã, não necessáriamente virtuosa, claro, e levá- lo ao alcance das massas. As metáforas, as histórias de carochinha, as indirectas ( sabem do que estou a falar... ), a boçalidade, o corropio hipnótico de emoções enlatadas nas telenovelas, a musica pimpa são links com receptores classificados.

Eu sou como escrevo. A confusão não habita aqui, mas em quem me escuta.

A VINGANÇA DOS VENCEDORES...

... foi o título de um artigo na Newsweek sobre os rescaldos da Guerra no Iraque e mais própriamente sobre a execução de Saddam.

" Nós depusémos sumáriamente não apenas Saddam mas uma elite governante com séculos de existência, e depois ficámos espantados por terem reagido mal. "

" Essa bizarra combinação de ignorância e estupidez que marcou a política americana no Iraque... "

Muito pouco já há a acrescentar sobre este assunto. Agora é a vez das lamentações e das lágrimas de crocodilo jorradas sobre as vítimas, que penosamente tombam diáriamente.

" Nós não lhes demos uma república. Demos-lhe uma guerra civil " - Fareed Zakaria

P. S. Por onde andará a também ela estúpida turbe que nos acusava de antiamericanismo, quando as consequências da aventura e da " preocupação humanitária (!!!?) " eram tão evidentes então como o estão a ser agora?

Como nos chamarão agora?


domingo, dezembro 31, 2006

AI DOS VENCIDOS!...

Sadaham não teve o que merecia. A morte é sempre uma libertação, não só para os tiranos assassinos como para os ameaçados pela tirania.

É bom que doravante os assassinos políticos sejam julgados pelos seus crimes, pelas ordens que dão para assassinar e pelas milhares de vítimas que as suas decisões políticas por vezes acarretam. Isso é que seria Justiça em toda a sua verdade e a execução de Sadaham não apareceria como a mim me pareceu um gesto de vingança, cruel, desnecessária e estúpidamente insensato, como o que se seguirá doravante o provará, com a morte de milhares de inocentes.

Mas o que é que isso interessa. Nós não vamos conhecer as vítimas das nossas responsáveis decisões e conhecíamos Sadaham.

Abominei a execução do homem porque sou CONTRA A PENA DE MORTE e o assassinato, seja ele cometido pelo ESTADO ou pelo indivíduo.
Para mim não se fez JUSTIÇA.