sexta-feira, junho 03, 2016

D' a GLOBALIZAÇÃO...

...EM DIAS SOMBRIOS


A compreensão do que se passa hoje, a nível planetário dos efeitos da Globalização, mormente no alargamento, interacção e partilha de, conhecimento para uns e informação para outros, e na livre interpretação suscitada pelo, conhecimento para uns e informação para outros, tem sido, globalmente, ÍNFIMA, tanto para o especialista como para o curioso.

A reorganização do espaço/tempo sobre contínuas alterações globais, à luz dos pressupostos que uma visão, também ela pretensamente global, pretenderia apreender, remeter - nos - à, necessáriamente, ao EMPIRISMO, como processo analítico do real.
A verdade, porque conceptualmente relativizada pela contemporaneidade, volteia em voos de colibris à volta da flor BURROCRÁTICA indiferente a todas as referências que a Tradição, um elo histórico de continuidade entre o passado e o futuro, foi cimentando e PASMA - SE com a ausência de imaginação que hoje suscita.
A Utopia platónica, um desafio criativo - Governai as vossas vidas. A maior parte das coisas que vos dominam, podeis derrubá - las... - encontrou pela frente o choque da realidade sistematizada em Aristóteles - Conheçamos primeiro um pouco mais da Vida e entretanto sirvamos o rei.
O rei, o PODER, hoje encontra - se, passados 2500 anos no organizador do CAOS, no Dinheiro e nas suas representações simbólicas, como entidade, já não económica mas de representação do trono.

Toda a esperança humana de ser dona do seu destino vai morrendo connosco, nos desertos islamitas, nas águas do Mediterrâneo, nas florestas africanas, na deliquescência amoral europeia, no paradoxo de crescimento norte - americano, na venalidade política sul - americana e no barbarismo asiático.

A irredutibilidade fatalista, predestinada, adquirida, de um CAOS, cujo movimento escapa ao controlo da Ciência do Humano, torna - nos depositários do Destino.
De humilhação em humilhação, onde ainda brilham, breves, sobressaltos científicos, e sem saber voltar, de novo, a si, esgotada que é a Filosofia após a morte dos deuses, a espécie ocupa - se, especializa - se em sobrevivência, planetária, nacional, individual, pessoal e rende tributo a Prometeu.

Uma serena decepção pontua, quase vencida, uma geração de combate, a minha, O rock morreu, o amor é um lugar estranho e a Paz uma bofetada diária.
Sinais de decadência, a minha e um turvo olhar de velho, poderá opôr - se - lhe a Esperança, a virtude dos aflitos que os factos supliciam, diáriamente. E o ciclo de retorno fechar - se - á, até que, livre das correntes, Prometeu roube segredos novos aos deuses e nos ache dignos de partilha.

segunda-feira, maio 30, 2016

AINDA EM PLANAÇÃO...

EXPRESSOANDO

O director do Expresso, Ricardo Costa, a seu modo descobriu uma nova vaca voadora de seu nome PCP do qual não vê, não, não é a vaca, que essa viu - a, nenhuma preocupação com o desemprego, " que escapa(ndo) quase em absoluto às prioridades do Governo ", não provoca nenhuma reacção fracturante no apoio parlamentar que dedica à Coligação de Esquerda.

Costa, o Ricardo, não o António, diz que cabe ao Governo a responsabilidade do coma induzido ao empreendedorismo que tarda em abalançar - se em novos investimentos. Abrindo um pequeno espaço paralelo, lembramo -nos do que está a acontecer na Venezuela, o novo alvo do Liberalismo predador. Também aí o coma induzido pelas empresas, de distribuição, de importação e de transportes e comércio, tem sido a estratégia capitalista de pôr o ónus do despautério da fome e da humilhação nacional sobre um governo de Esquerda de um " desclassificado " sindicalista. No Brasil a estratégia foi outra e parece que está a resultar.
Voltando ao R. Costa, o cego Governo do irmão - talvez sem o perceber - diz ele, estaria a favorecer quem tem ( daí a acoplagem do P.C.P ) e nada faz por quem nada tem.
Francamente não sei e li o comentário até ao fim, de que é que ele estaria a falar, já que, causticando um programa em andamento operacional de cujos resultados nem o mais ilustre guru económico, meu Deus como abundam... tem, para já os resultados, é, no mínimo... esotérico.

" ESTAMOS TODOS FRACTURADOS "...

... OU TURBINADOS, como diria a cantora

... Alerta - nos numa deliciosa e kínica prosa, como diria Sloterdijk, Miguel Sousa Tavares, a respeito da fracturação dos Costumes que uma minoria, convicta de que todas as Ideias victoriosas, hoje, foram históricamente minoritárias, persegue com denodo. ( A propósito, para ofensa dos animalistas, eu abateria sem pestanejar o gorila americano que " brincava " com o puto de 4 anos que inadvertidamente e por desleixo dos sapiens papás se pôs ao seu alcance... )
Voltando ao assunto, não houve desvio, esta desconstrução da Tradição, que, a meu ver, se está a apoiar na mais imbecilizante narrativa do políticamente correcto que não em nenhuma pressão colectiva que uma mudança estruturada no tempo urgiria, está a ter mais audiência do que deve e como assunto de agenda pública, um abuso lobista inaceitável..
Remeto - vos à prosa bem humorada e... séria do cronista no Expresso último.

PAIRANDO SOBRE UM NINHO DE...


A " LUTA " DOS COLÉGIOS SUBVENCIONADOS

Só tenho mais uma coisa a acrescentar à pouca vergonha desta manif na arregimentação, em prol de interesses corporativos, dos pais e dos alunos frequentadores eventuais e temporários dessas instituições de classe - INDECOROSO!


OBAMA, the fake eraser

Uma enorme nódoa moral e humanitária protagonizada pelos USA com a complacência, se não com o apoio do Ocidente contra o Eixo militar composto pela Alemanha, Itália e o Japão e que não por acaso levou uma hecatombe ao Extremo - Oriente, com a deflagração de duas bombas nucleares, sobre Hiroshima e Nagasaki, tentou o actual presidente dos USA, apagar digo tentou, já que não se desculpou perante as vítimas civis dizimadas em circunstâncias atrozes.
O não ter pedido desculpas e sem ser abusivo e cínico perante os seus apelos de contenção no uso de tal armamento só poderá ser interpretado de uma só maneira - Se as circunstâncias que provocaram o dilúvio nuclear se repetirem, ( quem as avaliará? ) voltará a acontecer.
DE QUE SERVIU, ENTÃO, O CERIMONIAL E A SUA INTENCIONALIDADE NÃO- EXPRESSA? 

Uma vénia ao António pela caricatura que inspirou a prosa...