quarta-feira, dezembro 16, 2015

PRESIDENCIAIS/SAMPAIO DA NÓVOA

                             
                                                        SAMPAIO DA NÓVOA

Está em entrevista no canal 3. Ficarão a conhecê - lo melhor e as razões porque é um excelente candidato à Presidência da República Portuguesa.

Não estão a ver? Façam o favor de ir ver, do princípio... e garanto - vos que o seu humanismo, a sua cultura, a sua visão do País vos irão conquistar. 

terça-feira, dezembro 15, 2015

O " CASO " SÓCRATES


                                             
                                                               JOSÉ SÓCRATES

... Tem sido, para mim, um manancial inesgotável de (re)conhecimentos de características marcantes das alienações humanísticas que, desde a década de 80, pontuam no universo " sapiens "; digo universo sapiens, porque global.

Racionaliza - se pelo absurdo como premissa e prossegue - se com a indução como método. A Lógica tornou - se perversa porque relativizada e os conceitos instrumentais porque escravas dos contextos.
Um pandemónio meta - racionalista que o niilismo narcísico tem cavado fundo na fragmentação da Verdade pelos estilhaços do espelho em que cada um se reflecte e se revê como intérprete.
Sintetizando, estamos no reino da Vox populi como referenciador, venal, porque deliberada e maliciosamente instrumentalizado e manipulado.

A defesa jurídica de ex - P.Ministro, José Sócrates, acusado, melhor, indiciado, de corrupção no exercício do seu cargo, teve, finalmente, ao fim de mais de um ano de indiciação, o acesso aos autos de investigação do Ministério Público e deparou - se com um VAZIO  acusatório pendurado em suposições e que parece exigir do indiciado a prova da sua inocência. Um absurdo, por inversão do ónus da prova, que compete, TEM de competir ao Ministério Público.
Espera que, sacudindo o edifício incriminatório  construído, escorra o mel probatório da existência de abelhas no interior transubstanciado em colmeia.

A premissa/sabichona - Quem queijo tem e cabras não tem, de algum lado lhe vem - ( acho que era assim o ditado... ) desembargada num despacho judicial, remete - nos inapelávelmente, estribados nas fugas de informação processual para títulos restritos dos Media, para os estremecimentos justiceiros que deram origem ao processo Sócrates.
É daqui, dessa indução, melhor, inferição, que todo o processo investigatório se quer basear.

Sócrates, o outro, não este, deve estar a rebolar - se de riso com a aplicação trôpega da sua logística ultrapassada.
Os factos conhecidos, que os Tavares, os Teixeiras, os Oliveiras, os Silvas e os Ferreiras conhecem e sobre os quais a sua mesquinhez e, oh céus!, a sua moral se desdobrou célere são estes.
O nosso Sócrates tem um amigo de infância que se fez empresário de sucesso que lhe permite ter uma vida generosa, de seu nome Carlos Santos Silva, que, sendo rico, o ajudou, após ter abandonado as suas funções públicas, a recompôr a sua vida, concedendo- lhe empréstimos pecuniários, ajudando a sua família e pagando  - lhe despesas durante as férias em conjunto das famílias. Dono de um andar em Paris, cedeu - lhe temporáriamente o uso e usufruto enquanto aí se encontrava no reatamento das suas aspirações académicas.
Fosse eu um milionário e faria EXACTAMENTE o que Santos Silva andou a fazer pelo amigo.
Quanto aos benefícios que, eventualmente, como quer fazer crer e não prova, a acusação popular e oficial contra o cidadão Sócrates, ainda estamos todos à espera de provas factuais.

Este caso está a demonstrar à saciedade e à sociedade como se fazem certas investigações em Portugal. Servirá de alerta e exemplo para os advogados de TODOS os cidadãos vítimas de uma Justiça que teima em sair dos carretos...

segunda-feira, dezembro 14, 2015

SINDROMA DE ESTOCOLMO?...

... OU... REPRESENTAÇÃO DO AFORISMO DE W. BRANDT?


Maria José Morgado, uma extremista activa do M.R.P.P., um dos partidos da pequena burguesia revolucionária e libertária que Abril deu à luz, hoje Procuradora - adjunta Distrital de Lisboa, passou, assim como o ex - Presidente da Comissão europeia, Barroso, e, valha a verdade, a maioria dos dirigentes da Extrema - Esquerda de então, pelas fases de amadurecimento político identificadas por Brandt, como uma peregrinação inevitável e normal no processo de crescimento de uma consciência política que a própria evolução sócio - económica normalizaria em conservadorismo.

Como polícia, nos cargos de relevo que exerceu e exerce na Magistratura nacional, tem sido dos mais acutilantes perseguidores dos pecadores da República, nomeadamente dos chamados crimes de colarinho branco e, pela exigência sistemática, junto dos Poderes decisórios, dada a eternidade do processamento das investigações que a incompetência e , principalmente, a falta de meios, de uma política mais assertiva contra uma criminalidade cada vez mais sofisticada. 

Na sua crónica no último " Expresso " a que chamou - O efeito da toupeira do Chiado - vergasta os idiotas úteis, como eu, por exemplo, que escudados num conceito de Liberdade que dá primazia aos Direitos, Liberdades e Garantias dos cidadãos da República, apontou armas às condenações feitas às arbitrariedades que as escutas aos cidadãos prefiguram, para os ingénuos, um abuso a que nenhum elemento do circulo próximo ou afastado do escutado escapa, para ela um método de obtenção de provas sem o qual nenhuma polícia pode funcionar.

Eu não sei se a criminalidade organizada, ou não, escuta a Polícia mas quero crer que a vigilância seja mútua. No fim de contas, justifica - se, em nome da eficácia dum e doutro lado essa vigilância.
Acontece que a criminalidade conhece a Polícia, identificável, como a Procuradora ou o Juíz Carlos Alexandre e eventualmente os polícias do bairro.
Para a Polìcia, por seu lado, TODO o cidadão é eventualmente um criminoso que deve ser escrutinado e, como os meios rareiam, ESCUTA - SE. Mais, escutam - se os vizinhos, os amigos e a famíla e, como a realidade dos últimos anos provam, o resultados dessas diligências acabam plasmados nos MEDIA.

Correndo o risco de não só ser escutado e passar por um idiota útil para os criminosos, ou daquele que " vive no pavor de ser apanhado em alguma imprevidência... " e daí as minhas reservas, uma idiotice, claro, essa de ver a vida pessoal devassada por gente sobre a qual se desconhece, de todo, o perfil moral e capacidade de julgamento, no mínimo interpretativo, que poderia exemplar um tipo de relação de confiança da e sobre os meios utilizados pela Justiça, diria que a perspectiva da Polícia, sendo global e cega, consegue assustar - me tanto, porque concreta e definida, como o Terror alarve e caótico. 

TODOS os casos mediáticos que se deram à luz nos últimos anos viram transcritos para o público os " segredos de Justiça ". E, até hoje, ninguém tem conhecimento das investigações que a divulgação desses segredos de justiça exige, como crimes que são. Alguém, porventura, foi julgado e condenado?
De duas uma - ou, por incompetência, não foi possível descobrir, DENTRO DE CASA, o culpado ou... a direcção e o alcance desejados dessas fugas de informação foram... um método adoptado, que, mutatis mutandis, ainda acompanhando o efeito toupeira, na citação de Kundera em que  " a polícia gravava as conversas dos adversários do regime e depois divulgava - as pela rádio para os aniquilar ", tornaram mais difícil a confiança dos idiotas úteis na visão simplificada e redutora que a uma percepção de Segurança, e como no FASCISMO, sacrifica o que eles defendem - OS DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS dos cidadãos.

P.S. Hoje , dia 17/12, " alertado ", sinto - me na obrigação de transparência. EU SEI o significado da expressão que deu título a este post e parto do princípio de que os leitores conhecem o passado político da procuradora, a quem, só se fosse estúpido, e não o sou, não quero de modo nenhum diminuir... A analogia pareceria, mesmo assim, deslocada, mas o seu sentido é o de uma análise política.
Quanto à invenção do aforismo de Brandt, c'est une blague, um neologismo, esse sim abusivo,  de autor. E remeto - vos a R.Carnap...