terça-feira, fevereiro 28, 2017

D´ a ELITE DO REGIME.

QUAL ELITE?

Normalmente, quando me refiro genéricamente por aqui, ao que se estipulou chamar de Elite na estrutura social de uma comunidade, nação, estado, faço uma diferenciação entre " elite " e elite, pela singela razão de as distinguir, de todo.

Em Portugal e afasto desde já qualquer singularidade que eventualmente o distinga, no meu conhecimento sobre a realidade nos mais importantes países do planeta, essa distinção é violenta, pelo conhecimento vivido que tenho da realidade nacional.
A distinção aferidora está, aqui como em qualquer outro país, no reconhecimento da capacidade que as " elites " têm na relativização do que se convencionou ( a sociedade humana é uma convenção aceite nos comportamentos éticos que regulam, à luz do que se tem por racional e socialmente justo, as comunidades do humano )  ter por valores normativos universalizáveis, pela abrangência que permite na harmonização das relações humanas.

A piramidal hipocrisia que sobreleva desse posicionamento, pela falsidade e batota que introduz em contrabando no relacionamento genérico, social, económico, laboral, entre os elementos do agregamento voluntário ao contrato social veiculado pela Democracia, disfarçada no monstruoso tecido jurídico que nos é diáriamente imposto a cada soluço de revolta, tem sido a marca de água identificadora das " elites " veiculantes do Poder. Um mal social à boleia do Individualismo, dito pragmático.
Os portugueses, como os americanos ou qualquer outro povo no mundo civilizado conhecem a sua elite e as suas " elites " e no seu desprezo impotente quase se diria que aprenderam a viver com elas, limpando de quando em vez o escarro com que elas emporcalham as suas esperanças.

A elite lusa sempre as desmascarou, debalde. Acontece, como dizia Gasset que à inexistência de um pathos moral zurzida pela crítica humanista a resposta tem sido o escárnio, por toda a parte.

Numa Democracia, tão árduamente construída e defendida, hoje desminada dos valores que lhe deram credibilidade e militância referencia - se, a montante, o desmiolamento educativo e instrutivo das novas gerações às quais só soubemos transmitir o valor do conceito Liberdade que não a sua essência concreta nas relações humanas, nacionais e internacionais. A libertinagem intelectual pôs - se no lugar da Cultura, a informação desnudada substitui o conhecimento, a presunção a reflexão, a crendice a análise critica - UM SUCESSO -